terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ITIMAD

Invisível a meus olhos
trago-te sempre no coração
Te envio um adeus feito paixão
e lágrimas de pena com insónia
Inventaste como possuir-me
e eu, o indomável, que submisso vou ficando!
Meu desejo é estar contigo sempre
oxalá se realize tal desejo
Assegura-me que o juramento que nos une
nunca a distância o fará quebrar.
Doce é o nome que é o teu
e aqui fica escrito no poema: Itimad.

Poema de al-Mutamid (s. XI), numa tradução de Adalberto Alves.


Benjamin Constant - La favorite de l'emir (1879) e os meus amigos que me perdoem o desvio orientalista.

5 comentários:

Anónimo disse...

Costumo ler e reler várias vezes os poemas que aqui pública, sempre que tenho tempo entretenho-me a reler os seus textos. Como são bonitos estes poemas… não sei se significam alguma coisa para si, se são dedicados a alguém especial ou se simplesmente os escolhe porque gosta deles. Na sua maioria falam de solidão, desejo, amores e desamores, encontros e desencontros…
Não percebo porquê?

Santiago Macias disse...

Não se publicam poemas por acaso. Significam muito para mim. Há pessoas em quem penso quando os escolho. "solidão, desejo, amores e desamores, encontros e desencontros…" são temas comuns à poesia lírica, que é aquela de que mais gosto. Conhecemo-nos?

Anónimo disse...

Sim, conhecemo-nos. Não tão bem quanto gostaria mas a vida é assim, cheia de desencontros ...

Ps: Gostei do post de hoje. Foi a Mérida? Também gostava de ir um dia.

Santiago Macias disse...

O périplo foi Mérida, Cádiz e El Puerto de Santa Maria (esta cidade estará no centro da "peregrinatio hispanica" de amanhã). São cidade que vale a pena, por diferentes razões.

Anónimo disse...

Já vi o post de hoje, mas continuo a preferir o de ontem. Não é que não goste de homens de farda, mas a dos toureiros nunca me seduziu muito. Aquelas calças justa metidas no traseiro e aquelas sabrinas parecem-me um pouco abixanadas, ou como diria o outro seu amigo "já os vi começar por menos":)
Quanto à sua amiga, das duas uma, ou estava a provocá-lo, ou então - conhece aquele velho ditado "A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha".