domingo, 29 de novembro de 2009

ARGEL VIII - LA TAVERNE DU LAC

Cidade de contrastes e de contradições, em Argel podemos ver, na mesma rua, a poucos metros de distância, bares onde não há bebidas alcoólicas e cervejarias onde quase não há outra coisa para beber. Por vezes, os "barbudos", como depreciativamente lhe chamam aqueles que são ferozmente laicos, exercem pressão e chantageiam os proprietários. As cervejarias resistem, porém. Não são locais secretos nem de bas-fonds. A clientela é masculina e ruidosa. Foi assim, entre muitas cervejas e muito peixe frito, que conheci a Taverne du Lac. O nome é bizarro, porque o único lago é o da cerveja que corre em abundância. Senti-me ali tão em casa como em tantas tabernas e bares que conheço pelo Alentejo dentro. A conversa com o Boussad foi muito longa e foi aí, como tantas vezes acontece nas nossas vidas, que a palavra amizade ganhou um pouco mais de forma.
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Amanhã de manhã telefonarei ao Boussad para saber se a Taverne du Lac existe e continua de boa saúde. E se os fascistas da incultura já lhe deram cabo da livraria.
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