terça-feira, 1 de dezembro de 2009

FADO II - ADEGA MACHADO

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Fechou a Adega Machado. Fui lá poucas vezes, normalmente para afogar as mágoas das desgraças europeias do Benfica. O meu cicerone era o João, um amigo bem mais velho, a quem os empregados e as fadistas (em especial as fadistas) tratavam de forma familiar. O João garantia sempre que só lá passava de ano a ano. Eu ria e fingia que acreditava.
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Por lá cantaram Amália Rodrigues e Mariza. Foi na Adega Machado que vi actuar o filho de Alfredo Marceneiro, o polémico e pouco ortodoxo Alfredo Duarte Júnior (1924-1999), conhecido como fadista bailarino...
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Embora o estilo das casas de fado não faça o meu género é com pena que vejo desaparecer este símbolo de uma Lisboa em vias de extinção. Para o desemprego vão 28 pessoas.

2 comentários:

Jorge Liberato disse...

de facto é pena, mas no Liberato continua-se a cantar o fado, com fadistas assim como Fernando Galhos
mais conhecido por o filho da escola,ainda ontem á noite foi um espectaculo, só é pena deixar os fados em meio para beber vinho...

benfiquista espanhol disse...

grande magoa. Era um dos meus lugares mais queridos de Lisboa.
Abraços desde Espanha