quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A GUERRA ONANISTA

Afinal, não havia mesmo armas de destruição maciça. Não havia mesmo nenhuma.
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Sigamos o Público, que teve no seu ex-director, o ex-maiosta José Manuel Fernandes, um dos mais ferozes defensores da intervenção ocidental: Numa entrevista exclusiva ao diário britânico "Guardian", o iraquiano Rafid Ahmed Alwan al-Janabi, ou "Curveball", admitiu ter transmitido histórias totalmente falsas sobre fábricas de armas químicas e biológicas clandestinas aos seus contactos ocidentais, no caso aos agentes do serviço secreto alemão BND — que posteriormente partilharam essas informações com os seus congéneres americanos.
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E diz mais o tal espião: “Eu tinha um problema com o regime de Saddam [Hussein], queria-me ver livre dele e ali estava uma oportunidade”, justificou.
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Eis um facto inédito na História da Humanidade. Uma guerra é desencadeada e morrem milhares de pessoas. O banho de sangue prossegue diariamente. E como uma das justificações para a raíz do conflito está o problema de um só indivíduo. Nunca o prazer de um só custou tanto a tantos outros.
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Paulo Portas surge aqui por causa do onanismo belicista e pelo facto de ter pedagogicamente explicado, ao lado de Donald Rumsfeld, que uma arma de destruição maciça se podia esconder dentro de um objecto mais pequeno do que o púlpito detrás do qual ele se encontrava (o exemplo foi esse, recordo-me com toda a exactidão).
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O seu papel de serventuário do imperialismo seria reconhecido através de uma medalha entregue pelo próprio Rumsfeld. À conta de Portas e de outros como ele se faz a história recente. Assim. Com mentiras, demagogia e com a mais completa insensibilidade.
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Segundo o Globo online morreram, entre 2003 e 2008, em consequência do conflito iraquiano, mais de 92.000 civis. Desgraçadamente, é uma contabilidade muito longe de estar terminada.

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