quarta-feira, 10 de agosto de 2011

AHMADINEJAD E O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

De Paula Almeida (LUSA)

Teerão, 10 ago (Lusa) -- O Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, condenou hoje «o comportamento selvagem da polícia britânica» nos motins que abalam o Reino Unido há quatro dias e pediu ao Conselho de Segurança da ONU para intervir, informou a televisão estatal.
"O comportamento selvagem da polícia britânica é inaceitável", declarou Ahmadinejad à saída do conselho de ministros, de acordo com o "site" da televisão, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
"Em vez de terem tal comportamento, os líderes britânicos fariam melhor em ficar ao lado da população(...) e escutá-la. Em vez de enviarem tropas para o Iraque, Afeganistão, Síria para saquear o petróleo, fariam melhor se pensassem na sua população", adiantou.


Mahmud Ahmadinejad tem razão. A menos que haja diferentes tipos de legitimidade e de direito ao protesto.



Nem Damasco, nem Homs, nem Hama, nem Aleppo, nem Deir ez-Zour.

Apenas Londres.

6 comentários:

Prefiro a brutalidade da polícia... disse...

É esta parte do seu discurso que para mim não é de todo lógico. Devmos ouvir o que dizem as "bestas" como o Ahmadinejad? Aceitar o que fazem os "energúmenos" dos jovens? Reze ou faça figas (pouco importa) que isto que se passa em Inglaterra nunca aconteça a ninguém que conheça. Os polícias é que são os maus? Os jovens estão indignados com a polícia? ou será que a protecção das vítimas dos polícias é mais importante que as vítimas destes anormais? Se calhar o melhor que temos a fazer para acabar com os mutins é dar algumas bombas nucleares ao Irão e esperar que ele rebente com a Inglaterra, que só não acontece porque ele não consegue

Santiago Macias disse...

Falamos de coisas diferentes, segundo me parece. Não sou nem adepto da violência nem tenho o costume de diabolizar as forças de segurança.
O que digo é que os países do ocidente não podem achar justas as indignações anti-poder quando elas ocorrem na Síria ou no Egipto e sustentar que essas mesmas rações são ilegítimas quando nos tocam à porta. O essencial da questão é esse.

Curioso disse...

Poderiamos também perguntar se deveriamos ouvir as "bestas" como o David Cameron que chacina populações civis em várias partes do globo...

P.S.: Com esta minha questão não quero estar a defender regimes ditatoriais tal como acontece no Irão, Libía ou outro país do género... por vezes até apoiados pelos EUA, ponho apenas em causa a legitimidade para criticarmos o nosso vizinho do lado.

Prefiro a brutalidade da polícia... disse...

Muito bem... mas há que convir que o que se passa em Ingalterra não é uma luta ideológica ou sequer uma indignação anti-poder. É pura e simplesmente um aproveitamento das circunstâncias, por parte de uma mão cheia de marginais. Não é de todo comparável à situação que se vive na Síria ou na Líbia. O objectivo dos Sírios não é conseguir uns ténis Nike ou uma playstation de forma ilícita, sem pensar nas consequências danosas que provoca no "antigo proprietário".

Anónimo disse...

o comentador não sabe ler nas entrelinhas. Absorve integralmente aquilo que lhe "serve" a comunicação social. Haverá tantos anormais em Inglaterra? Ou serão as opções políticas dos governantes que estão a atirar as populações para o abismo?
Penso que este senhor comentador deveria reflectir um pouco sobre isso . E, já agora, para mim VIOLÊNCIA,NÃO OBRIGADA!

Prefiro a brutalidade da polícia... disse...

1) As guerras tanto do Iraque como no Afeganistão são movidas primordialmente por interesses económicos (empresas de segurança e material militar, como dizia ou outro a dúvida "não me assiste".
2) Os regimes ditatoriais... também fazem a sua propaganda, e aos que referiu pode juntar a Coreia do Norte, a Rússia e a China (Grande mestre da actual Crise económica, que só não sei se foi a orquestradora ou se se aproveitou da burrice e incompetência dos Neo liberalistas ocidentais) dúvida que me "assiste".
3) A culpa do que se passa, é sem dúvida de anos a fio de desgoverno e más políticas, não só de educação.
4) Eu tenho 35 anos, fui criado nestas políticas e não ando a roubar, partir e a dizer que não tenho futuro, ninguém me atirou para nenhum lado que eu não quisesse ter ido. É esta defesa das "pessoas" , que "coitadinhas" são atiradas para a criminalidade, que me assusta. Elas não são responsáveis por partirem uma loja e roubarem 3 telmóveis, 2 Ipads e uma playstaition. Elas são empurradas, por políticas, para poderem roubar estes bens de primeiríssima necessidade (não é para matar a fome).

Deixemonos de hipocrisias e responsabilizem-se as pessoas, os políticos e os polícias, mas subretudo o que penso ser importante é não perdermos a democracia só porque 2000, 3000 ou 4000 anormais foram empurrados para a violência. Isto vai acontecer, porque a maior parte da população, que é sossegada e ordeira (respeita o próximo) se vai fartar. Sobe a direita e/ou a extrema direita, sendo que o mais grave é que sobem legitimamente e para os tirar de lá vai ser o cabo dos diabos.

1) o comentador não sabe ler nas entrelinhas. Absorve integralmente aquilo que lhe "serve" a comunicação social.
R. Não, não absorve mas tem uma interpretação diferente da sua.

2) Haverá tantos anormais em Inglaterra?
R. Não são assim tantos. Existem e bastaram para provocar aquele caos que vimos.

3) Ou serão as opções políticas dos governantes que estão a atirar as populações para o abismo?
R. O não respeito pelos outros é não saber viver em sociedade. Isto não é o "farwest", terra sem lei onde ganha o mais forte. As pessoas têm que ser responsabilizadas pelos seus actos.


4) Penso que este senhor comentador deveria reflectir um pouco sobre isso.
R. Já reflecti, continuando no entanto com a mesma opinião.

5) E, já agora, para mim VIOLÊNCIA,NÃO OBRIGADA!
R. Se por acaso for apanhado numa situação destas, dê a outra face. Moralmente fica-lhe bem e ensina de certeza uma grande lição de moral a quem o está a atacar. Acho que o seu "interluctor" irá concerteza aprender que quando tiver que dar um murro a alguém, vai gastar o dobro das energias pois terá que dar um de cada lado. Existe um limite para a fé, que acho que neste caso terá sido ultrapassada. Tal como a falta de açoites (nas alturas certas) quando eram pequenos umas "porradas" em grandes também não farão mal.