sábado, 20 de agosto de 2011

FATH AL-ANDALUS

É pelo sul que vamos. De Barbate ou de Tarifa vê-se, com toda a nitidez, o outro lado do mundo. Nós é que, para já, não damos por isso. A proximidade a essas paragens é bom pretexto para reler um livro antigo intitulado Fath al-Andalus (A conquista do al-Andalus). Foi, durante muitos anos, livro para mim inencontrável. A edição original data de 1889 e foi produzida por Joaquín de González a partir de um texto localizado em Argel. O manuscrito reporta-se, em grande parte, aos tempos iniciais da islamização (séc. VIII), ainda que possa ter sido redigido em época muito tardia.

O texto está cheio de passagens coloridas. Cito uma, a roçar uma interpretação marxista da sociedade de então:

Entre los politeístas muertos se reconocía a los nobles por los anillos de oro que llevaban en los dedos, a los de mediana categoría, por los anillos de plata, y a los siervos y gente semejante, por los anillos de latón.

Os "politeistas" (por causa da Santíssima Trindade) eram os Cristãos. O texto integral está, felizmente, disponível em versão castelhana graças ao labor de Mayte Penelas. A edição é do CSIC e data de 2002.

Ver: http://www.eea.csic.es/index.php?option=com_content&task=view&id=137&Itemid=42



1 comentário:

babao disse...

Se fores a Tarifa dorme ou toma una copa en el "Dos Mares".
Ou no fim do mês com os cachopos...

1 beso