sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PERESTROIKA

Francisco José Viegas perdeu-se num labirinto. E aderiu aquela lógica tonta de suprimir instituições como forma de combate à crise.

FJV, cuja experiência política é nula, limita-se, por enquanto, a fazer de contabilista e de serventuário da troika. Bastar-lhe-ia ter olhado para a história do Instituto Português do Património Cultural para, rapidamente, ver que o desmembramento do IPPC acompanhou o ritmo de uma sociedade cada vez mais rápida e cada vez mais exigente. A criação de institutos na área dos museus e do património não correspondeu a um capricho, mas à necessidade de tornar o IPPC (que, burocraticamente, tinha no início a tutela das bibliotecas, dos arquivos, dos museus, do património construído, da arqueologia etc.) mais operativo.

Vinte anos depois de terem sido dados passos importantes recua-se. Funde-se e burocratiza-se. Atafulham-se entidades de novas responsabilidades, cortando pessoal e recursos. Não sei o impacto de tudo isto na diminuição da dívida, embora gostasse de ver os números. De uma coisa tenho a certeza. A capacidade de resposta e a eficácia das instituições vai ser reduzida à mínima expressão. Se a ideia é tudo parar vamos no caminho certo.

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