sábado, 26 de novembro de 2011

À CONQUISTA DE LISBOA

A ideia não é propriamente reproduzir o relato da conquista de Lisboa, que nenhum dos meus alunos leu. Mas sim referir que passei/passámos o dia à conquista de sítios arqueológicos de Lisboa. Subindo a cidade antiga a partir da Baixa há motivos mais que justificados para ver locais de escavação e para discutir as opções tomadas em cada um deles: núcleo arqueológico da Rua dos Correeiros, a Sé, o Teatro Romano ou o Castelo de S. Jorge são pontos de um percurso pelo tempo.

Um dia de céu azul é bom para esquecer outras coisas. Até o facto de ninguém ter lido o relato do cruzado sobre a conquista de Lisboa. Uma reportagem de alto nível e uma fonte insubstituível para a história da cidade.


Há várias versões do texto. Ver aqui:



Conquista de Lisboa aos Mouros (1147) Osberno, trad. de José Augusto de Oliveira, pref. de Augusto Vieira da Silva, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1935 (2.ª ed., 1936);
Charles Wendell David, De Expugnatione Lyxbonensi: The Conquest of Lisbon edited from the unique Manuscript in Corpus Christi College, Cambridge, with a Translation into English, Nova Iorque, Columbia University Press, 1936;
Alfredo Pimenta, «A Conquista de Lisboa», in Fontes Medievais da História de Portugal, Lisboa, Sá da Costa («Clássicos Sá da Costa»), 1948;
Conquista de Lisboa aos Mouros em 1147. Carta de um Cruzado inglês que participou nos acontecimentos, apres. e notas de José da Felicidade Alves, Lisboa, Livros Horizonte («Cidade de Lisboa, 4»), 1989;
A Conquista de Lisboa aos Mouros. Relato de um Cruzado, ed., trad. e notas de Aires A. Nascimento, introd. de Maria João V. Branco, Lisboa, Vega («Obras clássicas da Literatura Portuguesa. Literatura Medieval, 96»), 2001


A aguarela é de Roque Gameiro. Noutros tempos vinha nos nossos livros de História.

3 comentários:

Lucrecia disse...

Que dia lindo você deve ter tido! Gostaria de poder ver "ao vivo" aquilo que, por aqui, só vemos em livros de História. Sítos arqueológicos sempre me chamaram muito a atenção. É fascinante a ideia de investigar como os antigos contruiam suas vidas.E, as vezes, me surpriendo com as soluções que davam para problemas do dia a dia. Gosto de Hstória e principalmente da reconstrução que os historiadores fazem do tempo e da vida daquelas pessoas.
Me lembrei de uma frase da poetisa brasileira Cora Coralina que diz: " Estamos todos matriculados na escola da vida,onde o mestre é o tempo." Tempo que passa e um dia também reconstruirão nossa vida de forma tão anônima quanto essas vidas que lemos hoje.

Santiago Macias disse...

Um dia lindo, de céu azul como só Lisboa tem.

Ainda há uns meses tive oportunidade de mostrar um pouco da arqueologia portuguesa, durante um encontro, no Recife.

Lucrecia disse...

Então conhece Recife? Quem bom. Embora eu tenha nascido na cidade de Juiz de Fora - Minas Gerais e minha família seja mineira, nos apaixonamos pelo Recife e estamos por aqui há mais de 20 anos.
Deve haver muito o que estudar no Brasil pois a presença portuguesa foi marcante, influenciando o nosso modo de vida e cultura. A arqueologia é mesmo fascinate. Os estudos em Pernambuco estão avançando. Há também uma nova visão do curso de Museologia para estimular os jovens a seguir carreira mostrando a importância e compensações de vir a ser museoólogo em Pernambuco.