quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SOB O SIGNO DO CINEMA

Um post ainda mais pessoal, em dia de efeméride.

Li, com prazer, a entrevista que o diretor de fotografia Eduardo Serra deu ao Expresso, no passado verão. Achei especialmente curioso que tenha estudado Arte e Arqueologia na Sorbonne. A leitura da luz de Eduardo Serra (as suas explicações são muito esclarecedoras) não é, decerto, alheia a essa formação.

A minha primeira intenção ao sair do liceu foi estudar cinema. Uma ideia que causou desespero na família, seguida de súplicas. Não segui segui cinema nem jornalismo. Desses dias ficou uma curta-metragem em 8mm, rodada e montada aos 17 anos e na qual tive como assistente (creditado no genérico e tudo) um conhecidíssimo político da atualidade. O cinema perseguiu-me mais tarde quando frequentei a Université de Lyon 2, à qual foi dado o nome de Lumière, em homenagem aos irmãos Auguste e Louis, naturais da cidade.

Faz hoje trinta anos que tive o meu primeiro dia de aulas na Faculdade de Letras de Lisboa. O curso? História da Arte, um "mal menor" para quem queria ter seguido cinema ou comunicação.

 

8 comentários:

João Macías disse...

A do cacilheiro? Por onde andará isso?

Santiago Macias disse...

Meu Deus! O filme do cacilheiro. Já nem me lembrava desse. Esse foi feito em conjunto com um senhor de Queluz chamado Sérgio Soares para um curso de cinema para amadores. Não faço ideia, porque não tenho qualquer cópia.
Falo de outro, cujo título é "Pintor e poeta na revolução".

João Macías disse...

Então já são dois. Eu tenho a lembrança de tu me o mostrares visivelmente agradado no quarto de Queluz. Era um cacilheiro a aproximar-se do cameraman. No sentido esquerda-direita, na diagonal. Eu lembro-me das minhas ligações neuronais concluirem algo do género "Ah, é um barco..." :D

babao disse...

So espero que a fita feita aos 17 anos continue de boa Saude ; )

Cinema ? Jornalismo ?...ca estou eu meu amigo que gostava de ter integrado um grupo de teatro e nunca me deixaram : (

PS Primeira aula no dia 14 de dezembro !??? Ganda vida !

Lucrecia disse...

Resguardadas as proporções, sua história se repete. Minhas meninas querem aprender como se faz cinema e TV.Ando sempre as voltas com máquinas e câmeras digitais, computadores e edições de vídeo. Assitem aos filmes, programas de TV e novelas observando,iluminação,fotografia, efeitos etc.Além da música, uma toca teclado e estuda muitas horas por dia.O que não é mau. Mas, mesmo assim, fico preocupada. Acho que deveriam escolher outra coisa.Mas são jovens, então resolvi dar tempo ao tempo.

Santiago Macias disse...

As aulas do 1º ano (só essas) começavam muito tarde. O processo de admissão era lentíssimo.

Lucrécia, é importante o cinema como o resto. Penso eu.

João Macías disse...

Estou a ver que não é habitual desafiar a Ordem e a Imposição. Capisco..

Lucrecia disse...

Eu sei Santiago. Gosto das Artes. É preocupação de tia. Sou sempre a primeira a vibrar nas apresentações nos teatros em Recife ou na escola (estão no ensino médio, não sei o correspondente em Portugal,prestes a fazer vestibular).Dou palpites nas edições de vídeo,passamos horas assistindo e crticando filmes.É uma farra.Isso sem falar na leitura de clássicos brasileiros e portugueses.Gostam muito das Cantigas de Amigo, nos divertimos a valer com as declamações que inventamos.A mais velha (15 anos) adaptou e dirigiu a historia da Maestrina Chiquinha Gonzaga para o teatro da escola. Se elas escolherem mesmo o caminho que pretendem darei todo o apoio que puder dar. Acho que me preocupar faz parte. Gosto muito delas e quero que sejam muito felizes em tudo na vida ou que sofram o menos possível.