sábado, 18 de agosto de 2012

MIDNIGHT IN PARIS

A quadragésima segunda longa-metragem de Woody Allen é um conto de fadas. Uma cinderela parisiense, com viagens a momentos fulcrais da história da cidade nos séculos XIX e XX. O filme tem uma aura de encanto, para a qual concorrem o inspirado argumento, a música de Sidney Bechet e o ambiente da própria cidade. E o trabalho do iraniano Darius Khondji, que empresta a cada cena os tons apropriados, dominado as cores quentes e os tons suaves. O arranque de Midnight in Paris (v. aqui) é prodigioso, como o fade-out de cor à medida que se entra na noite. Escolhi, neste filme da semana a cena em que Gil, aturdido, se dá conta de estar ante o próprio Cole Porter, que apresentava numa sessão para amigos o seu Let's do it. O ar de Gil não escapa a uma jovem que lhe diz, como num bom conto de fadas, you look lost.

Uma muito jovem amiga minha ficou em pulgas quando lhe contei que um pequeno restaurante que aparece no filme (Le polidor) não é cenário e que, além de ser acessível, ainda é mais encantador do que parece na película. Acabou por ir lá, meses depois. Nunca mais se esqueceu (nem esquecerá) do episódio.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!
Obrigada.
maria.