segunda-feira, 13 de agosto de 2012

NA REPÚBLICA DO GENERAL TAPIOCA





Do JN online (sem comentários, porque não há nada a dizer, a não ser que estamos ao nível da República de S. Teodoro e que, obviamente, não haverá responsáveis):
 

Grande parte da documentação dos submarinos desapareceu do Ministério da Defesa. Sumiram, em particular, os registos das posições que a antiga equipa ministerial de Paulo Portas assumiu na negociação.

"Apesar de todos os esforços e diligências levadas a cabo pela equipa de investigação, o certo é que grande parte dos elementos referentes ao concurso público de aquisição dos submarinos não se encontra arquivada nos respetivos serviços [da Defesa], desconhecendo-se qual o destino dado à maioria da documentação", escreveu o procurador João Ramos, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em despacho de 4 de junho que arquivou o inquérito em que era visado apenas o arguido e advogado Bernardo Ayala (o processo principal continua em investigação).

Nos últimos anos, já tinha sido noticiado o desaparecimento de vários documentos do negócio concretizado, em 2004, quando Durão Barroso era primeiro-ministro e Paulo Portas ministro de Estado e da Defesa Nacional. Mas, agora, é o próprio Ministério Público não só a reconhecer o problema como a atribuir-lhe uma dimensão que vai para além dos casos pontuais já noticiados.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqui há uns anos atrás, um político disse-me que, em política, tudo o que parece, é.
O pobre de espírito pensava que me estava a dar uma lição de como os políicos são honestos e transparentes nas suas acções, mas cada vez acredito mais naquilo que me disse: quando parece que os políticos fazem vigarices, é porque as fizeram mesmo. O regabofe é tão grande que já nem se dão ao trabalho de desfarçar.
E ao convivermos pacifiamente com isso, somos tão culpados como eles.
Nunca fui politicamente correcto nem diplomata, acho que isto já só la vai ao sopapo, no mínimo.

L.A.