segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

PUNCH-LINE

Tout va avec, diz-se em França, quando as coisas combinam.

O caso Artur Baptista da Silva é o punch-line da crise. Carregado de títulos e de cargos (professor, alto funcinonário da ONU) prestou umas declarações sobre a crise. Alguém ouviu e disse para com os seus botões "eh, pá sim senhor e tal, aqui está um tipo que diz umas coisas acertadas". Vai daí o senhor começa a ser chamado para opinar e torna-se uma overnight sensation. Afinal era tudo - os títulos, a ONU etc. - falso. O que não quer dizer que as opiniões sejam falsas e erradas. Ou são? Ele é um burlão? E os outros, são exatamente o quê?

Artur Baptista da Silva é o Billy Ray Valentine destes tempos. What do you think, Artur Baptista da Silva?  (v. o efeito destas coisas no filme Trading places - a partir do segundo 50).


De Mário-Henrique Leiria, com um abraço de Boas Festas para Artur Baptista da Silva:

O QUE ACONTECERIA
SE O ARCEBISPO DE BEJA
FOSSE AO PORTO
E DISSESSE QUE ERA NAPOLEÃO

Toda a gente acreditava que era. O presidente da Câmara nomeava-o Comendador. Iam buscar a coluna de Nelson, tiravam o Nelson e punham o arcebispo lá em cima. E davam-lhe vinho do Porto.
Então o arcebispo dizia:
- Sou a Josefa de Óbidos.
Ainda acreditavam que era, embora menos. O presidente da Câmara apertava-lhe a mão. Iam buscar o castelo de Óbidos, tiravam os óbidos e punham o arcebispo na Torre de Menagem. Além disso, davam-lhe trouxas d’ovos.
Nessa altura, convicto, o arcebispo de Beja afirmava:
- Sou o arcebispo de Beja.
Não acreditavam. Davam-lhe imediatamente uma carga de porrada. E punham-no no olho da rua. Nu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ora aí está: o Mário-Henriques Leiria não diria melhor...
Boas festas e bom 2013.