domingo, 6 de janeiro de 2013

S. MIGUEL TINHA UM GALO

Não é um dos meus filmes preferidos. Longe disso. Mas cito-o aqui por duas razões. Na altura em que estreou em Portugal estavam na moda os filmes com "mensagem". Ou seja, em que a carga política tinha primazia sobre a imagem em si. O conteúdo a prevalecer, quando não a mesnosprezar, a forma. Em segundo lugar, porque achei o filme interessante, não mais que isso, mas nunca consegui assimilar o absurdo da última cena. Giulio, um anarquista, é transferido de uma prisão, onde estava em regime de isolamento, para outra, menos rígida. No caminho, cruza-se com um grupo de outros prisioneiros políticos, que troçam das suas ideias. Os ideais de Giulio tinham sido ultrapassados. Giulio suicida-se.

Mais de 30 anos depois de ter visto o filme, a cena (o filme no seu todo?) continua a não fazer sentido. Para a Júlia não fez sentido nenhum. Ficou furiosa comigo, por não a ter deixado ver o canal 1 (obras destas passavam no 2, claro).

S. Miguel tinha um galo data de 1972. Foi escrito e realizado pelos irmãos Taviani. É o filme da semana que entra.

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