sábado, 1 de junho de 2013

REAL MADRID OU A MÁQUINA TRITURADORA (atualização)

 
Miljan Miljanic, responsável vitorioso no Estrela Vermelha de Belgrado e que esteve quase a ser treinador do Benfica em 1974;
Alfredo di Stéfano, que ganhou campeonatos na Argentina e em Espanha;
Leo Beenhakker, que vencera o campeonato holandês;
Fabio Capello, que se saiu muito bem em Itália;
Guus Hiddink, que deixou saudades na Holanda;
Vanderlei Luxemburgo, com passado de prestígio no futebol brasileiro;
Juande Ramos, com obra feita em Sevilha;
Manuel Pellegrini, que venceu na América do Sul.
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Que têm estes nomes em comum? Todos orientaram o Real Madrid. Alguns até venceram provas de destaque. Nenhum deles venceu a Liga dos Campeões. Todos foram arrasados pela máquina de triturar treinadores do Real Madrid. José Mourinho é o alvo que se segue. Jorge Valdano já deve estar a olear a espingarda.
 
O texto que acima se transcreve foi publicado neste blogue em 23 de maio de 2010. Houve, na altura, quem achasse que eu estava a "antecipar", de forma sarcástica, o futuro de Mourinho, ficando contente com a sua (previsível) queda. O meu textinho não tinha tal intenção ou desejo.
 
Nem essa queda me daria ou dá satisfação, nem era muito difícil prever uma vida complicada a Mourinho no Real Madrid. Valdano acabou por sair, não sem antes fazer estragos. Mas Mourinho tinha a vida dificultada num clube à volta do qual tantos interesses giram. O texto do jornalista do El País José Sámano, publicado em 20.12.2010, onde atacava, de forma violenta, Mourinho, era uma antecipação de tudo o que passou a seguir (v. aqui).

O único detalhe divertido nisto tudo é o facto de o Real não ganhar a Taça dos Campeõs há mais de uma década. O último treinador a conseguir esse feito foi (por duas vezes) Del Bosque. Acabou dispensado, por não ter uma visão moderna do futebol, e substituído por Carlos Queirós...

Ainda por cima, o antiquado Del Bosque venceu depois, à frente da seleção espanhola, os campeonatos da Europa e do Mundo.

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