domingo, 29 de junho de 2014

TALVEZ UMA NOVA VIDA PARA A TORRE DO RELÓGIO (AMARELEJA)

É um dos edifícios mais emblemáticos da Amareleja.

Tem o charme que têm todas os edifícios que ficaram por acabar. Tem personalidade e tem o peso do tempo.

O edifício da torre do relógio tem sido usado, de forma esporádica. A falta de uma cobertura e de outras condições faz com que seja utilizado sem regularidade. É possível fazer de outro modo? É possível fazer mais e melhor.

Enviei, há dias, uma proposta à Comissão Fabriqueira da Amareleja e ao Bispo de Beja tendo em vista uma intervenção no imóvel. D. António Vitalino Dantas manifestou-me,há semanas, disponibilidade e abertura para discutir esse processo. Este tipo de decisões cabe, em última análise e como é evidente, à entidade proprietária. Entendo,como Presidente da Câmara, que tenho a responsabilidade de avançar com uma proposta (o que fiz) e de liderar um processo de reabilitação. Tal como fizémos com outros projetos, temos intenção de trabalhar para resolver este assunto. Que ninguém duvide disso.

O poema de Mário Dionísio (1916-1993) não tem a ver com o local. Mas é um bonito texto e tem a ver com uma casa deserta.


CASA DESERTA

Ah nada pior que a casa deserta,
sozinha, sozinha.

O fogão apagado e tudo sem interesse.
O mundo lá longe, para lá da floresta.
E o vento soprando
e a chuva caindo
e a casa deserta...

Ah nada pior que estes dias e dias,
de cachimbo aceso, com as mãos inertes,
com todas as estradas inteiramente barradas,
ouvindo a floresta.
Com tudo lá longe, na casa deserta,
ouvindo eternamente o vento soprando
e a chuva caindo, na noite, caindo...

Há uma cancela de madeira que ginga nos gonzos.
E um velho cão de guarda que ladra sem motivo.
Parece que é gente que vem a entrar.

E é só o vento soprando, soprando,
e a chuva caindo...

Mudaram muita vez as folhas da floresta.
E os olhos do homem são olhos de doido.
Fogão apagado, aceso o cachimbo, o mundo lá longe.

Ah nada pior que a casa deserta,
cheia dum sonho imenso que ficou na cabeça.
A casa deserta na noite deserta.

E o vento soprando
e a chuva caindo
e a casa deserta...

sábado, 28 de junho de 2014

PROBLEMAS DE OFTALMOLOGIA EM PORTUGAL, NO TERCEIRO QUARTEL DO SÉCULO XVI


«Saía de noite às dez horas a passear à praia só sem companhia, e no bosque de Sintra do mesmo modo. Esperava em Almeirim posto sobre uma árvore um javali, e aplicando a vista viu um vulto, e descendo-se com pressa investiu com ele: ao estrondo acudiram alguns monteiros, imaginando seria fera; acharam porém o Rei lutando com hum negro boçal, que havia largos dias que fugindo a seu amo habitava com as feras daquele monte.» (António Caetano de Sousa, Do rei D. Sebastião, cap. XVII).



D. Sebastião, retratado por Cristovão de Morais

sexta-feira, 27 de junho de 2014

FUTEBOL AFRICANO

Será desta?

Nunca uma seleção africana passou os quartos de final. Vejamos o registo:

25.6.1982 - Escândalo no Mundial. Um arranjinho Alemanha/Áustria deixou a Argélia fora da carroça... Quem tiver já uns anitos recorda-se da barraca desse jogo.
1986 - Marrocos eliminado aos 87', nos oitavos de final, ante a Alemanha.
1990 - Camarões eliminados pela Inglaterra nos quartos de final, já no prolongamento.
1994 - Nigéria eliminada pela Itália, no prolongamento, nos oitavos de final, depois de permitir o empate aos 88'.
1998 - Nigéria eliminada pela Dinamarca, nos oitavos de final.
2002 - Senegal eliminado pela Turquia, nos quartos de final, no prolongamento.
2006 - Gana eliminado pelo Brasil, nos oitavos de final.
2010 - Gana eliminado pelo Uruguai, nos quartos de final, depois de falhar um pénalti no último minuto do prolongamento. Uma pequena curiosidade: a falta que permitiu ao Uruguai chegar às "meias" foi cometida por Luis Suárez. Who else? O árbitro desse jogo foi Olegário Benquerença.

E agora? Agora temos um Alemanha-Argélia e um França-Nigéria. Será desta que África chega às meias-finais?

Roger Milla, um dos meus heróis de juventude

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O LUIS SUÁREZ DA TAUROMAQUIA

Não é só Luis Suárez, do Uruguai. O cavalo Morante, de Diego Ventura, também morde a garupa dos adversários, isto é, dos touros.

E não é conversa. Já vi isto, ao vivo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

150

São os seguidores do avenida. O número, que é modesto, foi atingido ontem.

Seguindo alguém, talvez um blogger...

ORQUESTRA GULBENKIAN EM MOURA - 28.6.2014

É no próximo sábado à noite, em Moura. A Orquestra Gulbenkian atuará na igreja de S. João Batista, no âmbito do Festival Terras Sem Sombra. A Câmara Municipal de Moura apoia a iniciativa. Que assume ainda maior significado num concelho onde há quatro bandas filarmónicas, mais uma secção do Conservatório Regional. Os músicos oriundos deste concelho que andam um pouco por toda a parte são o resultado visível desse investimento.

Mozart e Feldman estarão no programa. Serão solistas Vera Martínez e Jonathan Brown. A orquestra será dirigida por Paul McCreesh e por Pedro Neves.

terça-feira, 24 de junho de 2014

SANTO AMADOR - UMA ESCOLA QUE NÃO FECHA


As ameaças de encerramento têm sido várias. Desde há vários anos (ver aqui). Isto apesar do investimento feito pela Câmara Municipal de Moura na escola de Santo Amador. Isto apesar dos cantos de sereia em favor de um centro escolar... Também por essas razões nos parece essencial continuarmos a luta por esta escola. Onde funcionam o estabelecimento de ensino e um pólo da biblioteca.

Até aqui temos conseguido fazer vingar as nossas razões. E não cedemos a propostas de negócio nem a trocas.

Santo Amador merece esse combate. O concelho de Moura também. A escola não vai fechar no próximo ano (v. aqui). Não é por isso que esse assunto estará fora dos assuntos a tratar na reunião de amanhã à tarde, com o Ministro da Educação.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

ACÉDIO SECSUAL

Olá eu sou do favor e eu olho para o seu perfil no facebook que meu interesse bonito. Você pode me bater agora no meu endereço de e-mail, para que possamos conhecer uns aos outros. Por favor, tente me escrever sobre o meu endereço de e-mail hoje para que eu também possa lhe enviar minha foto. A partir do favor.




Recebi, no passado sábado, este mail. A parte mais divertida é o convite da remetente para eu lhe bater... Pequenas tragédias do google translator. À conta disso, uma vez dei 0 (zero) a dois estudantes, na Universidade. Não me refiro ao assédio (nunca tal me sucedeu, na Universidade) mas sim à utilização das traduções automáticas.

Uma dúvida final: alguém "cairá" em mails tão disparatados?

DEZ ANOS DEPOIS

Dia 24 de junho de 2004.

Faz amanhã dez anos que Portugal e Inglaterra se defrontaram nos quartos de final do Euro 2004. A seleção portuguesa tinha Figo, Cristiano Ronaldo, Rui Costa, Deco e Ricardo Carvalho. Chegaram a jogar, em simultâneo, na final.

A questão é essa e não vale a pena criticar e crucificar a atual equipa, caramba. Havia então a qualidade individual que hoje não há. É tão simples quanto isso e não é preciso ser "comentador" para o concluir.

Vendo as coisas de outra forma:

Euro 1996 - quartos de final
Euro 2000 - meias finais
Euro 2004 - final
Euro 2008 - quartos de final
Euro 2012 - meias finais

Mundial 2002 - fase de grupos
Mundial 2006 - meias finais
Mundial 2010 - oitavos de final
Mundial 2014 - fase de grupos

A curva, ascendente e descendente, reflete a subida e o ocaso de uma geração, que teve o seu apogeu entre 2000 e 2008. Nada mais.

Euro 2004 - este foi o tal momento que marcou uma época

sábado, 21 de junho de 2014

MONSIEUR HARICOT ET MONSIEUR TRENET

O dia não tinha corrido nada bem e este foi o momento de descompressão. Vi o filme, há já uns anos, num cinema do Porto. Uma amiga, muito jovem, e que era a mais nova do grupo, ainda me avisou duas ou três vezes "que vergonha, está metade da sala a olhar para ti". A verdade é que me escangalhei a rir durante todo o filme. De facto, algumas pessoas olhavam, meio de soslaio, mas só isso.

Este final do filme "Mr. Bean em férias" é um verdadeiro achado. O fascínio do mar leva-o a percorrer um caminho de equilibrista, alheio ao perigo. Um pouco ao jeito de Buster Keaton, mas com a canção de Charles Trenet.

Comecemos o verão a espreitar o mar. "Mr. Bean em férias", de 2007, é o filme desta semana.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

MEGA PICNIC VERMELHO


A manif da CGTP, amanhã, e o picnic de uma cadeia de supermercados, amanhã, podem dar origem a cenas como as das linhas trocadas dos telefones de outrora. Vocês vão ver que há gente que se engana e vai para a manif errada...

SOLSTÍCIO

Quase no verão. Que chega amanhã. O São João chega três dias depois. Há mais de 10 mastros "oficiais" no concelho de Moura, sem contar com os oficiosos. Deve haver música e gente a dançar as marchas. Haverá decerto. Serão dias movimentados. E animados. Vivam as festas populares.


Noite de S. João
Noite de S. João para além do muro do meu quintal. 
Do lado de cá, eu sem noite de S. João. 
Porque há S. João onde o festejam. 
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite, 
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos. 
E um grito casual de quem não sabe que eu existo. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

quinta-feira, 19 de junho de 2014

UM DETALHE FUTEBOLÍSTICO, JÁ AGORA...

Uma curiosidade, que já deve ter sido referida mais de mil vezes, mas no meu blogue ainda não: nenhuma equipa europeia ganhou o campeonato do mundo no continente americano.

1930 - Uruguai (campeão: Uruguai)
1950 - Brasil (campeão. Uruguai)
1962 - Chile (campeão: Brasil)
1970 - México (campeão: Brasil)
1978 - Argentina (campeão: Argentina)
1986 - México (campeão: Argentina)
1994 - Estados Unidos (campeão: Brasil)
2014 - Brasil


A Taça Jules Rimet, uma peça art deco, que o Brasil ganhou, de vez, em 1970.

PÉRIPLO MUSEAL

Mais de um mês de deambulações entre os municípios que integram a CIMBAL. Objetivo: perceber qual a sensibilidade de cada um em relação ao futuro do Museu Regional de Beja.

Um dado interessante e salutar: as opiniões não estão "acantonadas" em blocos partidários. Preparo agora um relatório, para ser submetido aos colegas de todas as Câmaras Municipais. Até 31 de outubro terá de ser encontrada uma solução. Qua passa não por fórmulas mágicas, mas por uma coisa simples chamada boa vontade. A verdade é essa. De uma coisa tenho a certeza, a de que encontraremos uma solução que permita tanto perspetivar uma nova vida para o Museu Regional como garantir os postos de trabalho existentes.

Etapas de um mês desassossegado:
5 de maio - Mértola, Almodôvar e Ferreira do Alentejo
6 de maio - Ourique
7 de maio - Aljustrel
8 de maio - Alvito, Cuba e Vidigueira
22 de maio - Barrancos
23 de maio - Serpa
29 de maio - Castro Verde
9 de junho - Beja

quarta-feira, 18 de junho de 2014

NOTRE DAME DES NEIGES

"Dizem que é arte...", comentavam muitos mertolenses, com ar desconsolado. Pedro Portugal propusera-se cobrir de neve artificial o Cerro das Neves. Foi uma das muitas intervenções de um polémico projeto que deu atos de violência em Beja e a colocação de uma célebre garrafa à entrada de Moura.

O efeito da neve desvaneceu-se rapidamente, numa iniciativa que ficou quase só pela intenção. Gosto de instalações, mas achei esta um barrete, uma futilidade cara e inconsequente.

Memória de Mértola, no ano de 1997. Imagem de uma neve falsa, agora que vem aí o calor.

terça-feira, 17 de junho de 2014

QUARTÉIS DE MOURA - PARA MEMÓRIA FUTURA

 Vista parcial do recinto

 Intervenção na inauguração (cf. infra)

 Deposição de coroa de flores na lápide de homenagem aos militares falecidos na Guerra Colonial

 Descerrando a placa de inauguração.
Da esquerda para a direita: Francisco Cerejo (Pres. da Assembleia Municipal), o autor do blogue, José Maria Pós-de-Mina (ex-Presidente da Câmara) e Nuno Vassallo e Silva (Diretor-Geral do Património Cultural)

Texto da placa

Senhor Diretor-Geral do Património Cultural
Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Senhores Vereadores
Senhores Autarcas
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Almeida

Caros conterrâneos

A aparente impossibilidade das coisas é, provavelmente, o seu maior desafio. É algo que se desloca sobre nós, como uma sombra que jamais se desvanece. Há sonhos à nossa frente, que se movem e nos escapam. Ou tentam escapar. Como tantos outros jovens da minha geração, fui assombrado pelos últimos parágrafos de “Os Maias”, de Eça de Queirós. Recordo-vos a passagem:

“A lanterna vermelha do “americano”, ao longe, no escuro, parara. E foi em Carlos e em João da Ega uma esperança, outro esforço:
- Ainda o apanhamos!
- Ainda o apanhamos!
De novo a lanterna deslizou, e fugiu. Então, para apanhar o “americano”, os dois amigos romperam a correr desesperadamente pela rampa de Santos e pelo Aterro, sob a primeira claridade do luar que subia."

Muitas vezes, ao longo da vida, me tenho recordado desta passagem. Muitas outras tenho tentado, como tantos de nós, alcançar o que nos escapa, procurar cumprir metas traçadas, fazer de alguns sonhos realidade. Disse um dia a um velho amigo da Câmara Municipal que poderia ir-me embora no dia em que começassem as obras de reabilitação dos Quartéis.  O destino tinha, contudo, outros planos e acabo por presidir à cerimónia de inauguração deste edifício.

Os Quartéis têm uma forte carga simbólica. Foram construídos no século XVIII com um importante contributo dos mourenses. Que é o mesmo que dizer que foram feitos com o esforço e com a generosidade dos nossos antepassados. Foram os habitantes desta terra quem fez nascer este edifício. A eles pertence e pertencerá.

Gostaria de deixar uma palavra de apreço ao arq. Pedro Ângelo, da Câmara Municipal de Moura, que concebeu o projeto de reabilitação; ao eng. Vitor Vajão, que desenhou a iluminação do edifício; aos arqs. João Nunes e Carlos Ribas, da PROAP, que projetaram toda a zona envolvente aos Quartéis. Mas, acima de tudo e de todos, é importante recordar os que estiveram nesta terra antes de nós, que garantiram a conservação deste edifício e que permitiram que, trezentos anos após a sua construção, ele ainda aqui esteja. Os que mantiveram estes Quartéis, até há bem pouco tempo, não eram nem arquitetos, nem engenheiros, nem urbanistas, nem arqueólogos, nem presidentes de Câmara. Eram pessoas do povo desta nossa cidade. Que viveram nestes Quartéis em condições extremamente precárias e que, ainda assim, e provavelmente sem o saberem, foram os primeiros a respeitar a integridade do edifício e a permitir que ele tivesse resistido no tempo.

Chegamos aqui depois de um percurso de vários anos. Vale a pena recordar que este momento não é um acaso. É muito mais do que isso. Faz parte de um plano de recuperação da zona mais antiga da cidade, levado a cabo desde 2006. Fez e faz parte de um plano que tomou como elementos de trabalho edifícios em condições de serem reabilitados e que seriam, e foram, usados como ponto de partida e como ponto de chegada. Foi esse o plano traçado e concretiado pelas vereações de que fizeram parte Rafael Rodrigues, Maria José Silva e José António Oliveira. E eu próprio. É mais que justo referir aqui o nome de José Maria Pós-de-Mina. Pelo papel que teve como Presidente da Câmara ao longo desses anos. E pelo facto, politicamente relevante, de nunca ter regateado apoio a estes projetos. Estivémos sempre lado a lado neste caminho, num percurso solidário e de aprendizagem mútua. Nesse percurso que trilhámos encontramos o Jardim das Oliveiras, a igreja de S. Francisco, a Mouraria, o Convento das Beatas ou o Pátio dos Rolins. São sítios conhecidos de todos. São locais por onde passamos todos os dias. São os mesmos locais que os nossos avós e os nossos pais conheceram. São os mesmos sítios que aqui ficarão, no dia em que já tivermos partido. Mais importante do que todos nós é esta nossa querida cidade, as ruas e os largos onde vivemos e de que tanto gostamos.

Na placa que dentro de momentos irá ser descerrada e que irá assinalar este dia não consta nenhum nome. Isso é dispensável. A única referência que ali está é ao povo de Moura. Quando há dias me perguntavam se iria estar presente alguma pessoa importante nesta cerimónia respondi, com toda a convicção, “vão estar lá pessoas muito especiais; vão lá estar os mourenses”. Mantenho vivas toda a esperança e toda a confiança de que seremos capazes de honrar e continuar este legado tão especial. Abre-se agora espaço à criatividade dos que irão ocupar estes Quartéis. Os bares, os espaços comerciais, as sedes de associações são peças fundamentais numa área que se quer viva e dinâmica. Que será, disso estou certo, viva e dinâmica.


Até à data, infelizmente, ainda não conseguimos ter pronto o museu que tanto gostaríamos. Mas lá chegaremos. A recuperação do Matadouro, já com o fim mais à vista, permite-nos sonhar um pouco mais. Tenho presente uma expressão de José Mattoso, que foi meu professor, há mais de 20 anos. Referia-se ele à “infinita liberdade do espírito”. É essa infinita liberdade do espírito que nos levará mais além e mais longe. Faltam coisas? Faltam sempre mais coisas, porque é normal que queiramos sempre mais e melhor. Depois do Matadouro de Moura ainda há projetos a lançar? Há, não tenham dúvidas. Diziam-nos há dias que estamos a colocar a fasquia demasiado alta. Não estamos nada. Estamos a colocar a fasquia exatamente onde Moura merece. Nada mais. O que se segue? Agora segue-se o futuro. A conclusão da zona industrial em Moura e o lançamento de novas infraestuturas de apoio à atividade económica, na Amareleja. Seguem-se as habitações sociais no Pátio dos Rolins, a recuperação do Bairro do Carmo, a instalação da Biblioteca no antigo Grémio da Lavoura. Mais a conclusão do Paque de Leilão de Gado, o finalizar da obra da Ribeira da Perna Seca, no Sobral, mais a Ribeira de Vale de Juncos e o Pavilhão das Cancelinhas, na Amareleja. Tal como garantimos, há anos, que cumpririamos a reabilitação de imóveis como este, daremos agora espaço a outras intervenções. Já demonstrámos que não desistimos. Que não desistiremos. Espera-nos, ao virar da esquina, o futuro.

* * * * * * *

É devido um agradecimento muito particular, e tal como referi no início da intervenção, à Sociedade Filarmónica União Mourense Os Amarelos, ao Grupo Coral e Etnográfico do Ateneu Mourense, às Brisas do Guadiana e ao grupo musical Margem do Alqueva.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

HONRA

Ouvi hoje, por várias vezes, a palavra HONRA, a respeito dos jogadores e da seleção.

Não faz sentido usar essa palavra. É um despropósito e um abuso. Cito, de memória, o grande jornalista Pedro Escartín: a honra de um País não é representada por onze senhores em calções curtos, dando pontapés numa bola.