segunda-feira, 6 de novembro de 2017

GÓTICO AMBULANTE

Passou, no outro dia, uma composição na estação da Amadora. Ía a caminho do Rossio e apresentava um aspeto semelhante a este (cf. infra). Paredes e vidros cobertos de tinta, mais opaca, mas translúcida. Entrei com a vaga sensação de estar dentro de uma catedral gótica. Que passou de flamejante a ambulante. Os graffiti enquanto meio de exressão urbana não me parecem nada mal. Desde que não grafitem monumentos, imaculadas paredes de cal, casas particulares ou outros sítios onde estão, manifestamente, a mais... A linha de separação entre criatividade e vandalismo é, por vezes, muito ténue. E onde uns verão criação, outros verão prejuízo. O descontrole e os excessos têm causado desconforto e protestos. Arte consensual não conheço, confesso...

Essas novas formas de expressão urbana (os DJ, os graffiters, a internet art etc.)  devem ser promovidas, estimuladas, consideradas pelos poderes políticos. E, também, objeto de alguma necessária pedagogia. E do devido enquadramento.

Espero que tenham sequência, em Moura, os congressos de DJ que promovemos. E que se abram ainda mais a outras formas de expressão.




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