quarta-feira, 6 de junho de 2018

POESIA CONTÍNUA



Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos, tela de António Carneiro (1872-1930), datada de 1927. A poesia está presente no nosso quotidiano, nesta Pátria de poetas que somos. Recentemente, um município alentejano (é irrelevante referir qual) tornou público um despacho sobre a jornada de trabalho contínua. O texto é relevante. Além da jornada contínua, temos direito a poesia contínua. Aqui vos deixo alguns excertos:

Recorrentemente, vem à liça a temática do tempo de trabalho por iniciativa de um vasto conjunto de trabalhadores (…), concretamente no que respeita à adoção da modalidade de horário de trabalho em jornada contínua, nos meses de verão.

Sustentam o requerido, razões de ordem climática e de assiduidade aos serviços por banda dos utentes, especialmente no período da tarde.

Esta linha de raciocínio leva-nos a priorizar os justos anseios dos nossos colaboradores, sobretudo quando os mesmos estão alicerçados em razões empiricamente demonstradas.

Não obstante, sendo certo, como é, de que na fixação de horários de trabalho, deve ter-se em atenção os interesses dos utentes e de que o público alvo é diversificado em função dos serviços que prestamos, importa estabelecer exceções, sem prejuízo da sua reapreciação, num futuro próximo.

O presente despacho é válido para o corrente ano e produz efeitos no dia 15 de junho.

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