quinta-feira, 14 de março de 2019

MACAU

No compartimento ao lado da sala do pequeno-almoço estava esta pequena tela. A pintura parecia-me familiar. Mas representava um sítio que me era desconhecido. Seria uma cidade brasileira? Olinda não era e em Paraty nunca estive. Aproximando-me mais vi que estavam representados vários juncos. Do lado direito, quase no meio, via-se a fachada de uma igreja. Aproximei-me ainda mais. Era a igreja de S. Paulo. Macau, na tela estava uma representação de Macau. "As coisas em que tu reparas", exclamou, divertido, o meu anfitrião.

Continuei intrigado o resto da manhã. Porque raio me era familiar um sítio onde nunca estive? Subitamente, um "flash". Talvez não estivesse lá aquele quadro, quase de certeza que não. Mas estavam muitos outros do mesmo género, em especial um conjunto de delicadas aguarelas, na exposição Macau 400 anos de Oriente, de que tanto gostei. Foi na Gulbenkian, em 1979. E Macau não se apagou da minha memória.

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