segunda-feira, 22 de julho de 2019

DIA LIDO E ESCRITO

Leituras e escritas cruzadas. Um livro cuja redação se conclui. Haverá lançamento em Moura, no outono. Apesar da escrita avançar aos saltos e de um modo que me parece errático.

Mas o fator de perturbação foram as Canções mexicanas, de Gonçalo M. Tavares. Não posso dizer que tenha gostado. A inversa também não é verdadeira. Não conseguiria perceber o livro se não tivesse visto Roma, de Alfonso Cuarón. E também não gostei especialmente do filme. A verdade é que a escrita fragmentária e difícil de Tavares - algo entre o David Lynch de Eraserhead e uma versão radical de António Lobo Antunes - nos dá imagens parcelares e violentas do México. O narrador não é Tavares, mas alguém num caminho de vertigem por entre um México popular e violento. Não sei se a cidade é assim, mas as canções parecem convincentes.

O estilo de escrita ajuda-me. Nem sempre os fragmentos são desconexos. 

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