quinta-feira, 1 de outubro de 2020

AMOR DA PÁTRIA

Não sendo grande entusiasta da obra de Norte Júnior (1878-1962) - tudo me parece demasiado parisiense... - gosto muito deste edifício art deco da Horta. É tudo invulgar ali. O nome, e as explicações ligadas ao nome. A fachada aberta ao exterior. O lustre no grande salão. A luz. O espírito de independência que por ali perpassa.

A visita foi de/uma surpresa. Ao subir a escadaria para fotografar de dentro para fora, abre-se uma porta e uma rapariga muito jovem (21 ou 22 anos) pergunta "gostava de visitar o edifício?". Não pensei que tal fosse possível, ainda para mais daquela maneira. Era, afinal, uma jovem licenciada de LLM da minha faculdade. Está a estagiar na Amor da Pátria. Foi um privilégio absoluto poder visitar o edifício e ter a prova física das ligações maçónicas da sociedade. O móvel que vi - e que decidi não fotografar - é um exemplo extraordinário de uma época. Não pensei que tal fosse possível, sob o fascismo e daquele modo.






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