domingo, 16 de maio de 2021

KUSTURICA LUSITANO

O carro já lá estava quando cheguei. A mala aberta, e o proprietário, de cabelo e roupagens fricópunk, mergulhado dentro da mala. Fui à caixa fazer o pré-pagamento. Quando regressei, o homem continuava na mesma posição, aparentemente procurando algo. Quando passei de novo, para ir buscar a fatura (da qual me esquecera), o homem estava desaparafusando (isso, desaparafusando) o tampão do combustível. Um, dois, três parafusos. Ou seja, de cada vez que vai à bomba, tem de repetir o ritual. Desaparafusar o tampão. Aparafusar o tampão.

Kusturica, Tarantino, vinde à Lusitânia. Tendes tanto para aprender...




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