quinta-feira, 29 de setembro de 2022

EM 2030? NÃO ACREDITO.

Sou um utilizador convicto dos transportes coletivos. E usei, com frequência, o TGV quando estava a fazer o doutoramento, em Lyon. Duas horas separam a primeira e a terceira cidades de França. 400 quilómetros de linha, com o combóio a atingir uma velocidade máxima acima de 300 kms/hora. São cerca de 25 composições diariamente em cada sentido. Gostei de usar o TGV. Era prático e, fora das horas de ponta, razoavelmente económico.

Agora nós. Vai haver alta velocidade entre Lisboa e Porto. Vai mesmo? Não tenho a certeza. Em 2030? Sinceramente, não acredito.

Circula hoje mas redes sociais uma primeira página do "Público" de julho de 1999. Passados 23 anos estamos exatamente no mesmo ponto. Somos o País das COMISSÕES, dos GRUPOS DE TRABALHO, dos OBSERVATÓRIOS. E da pouquíssima decisão. Cumprir prazos e orçamentos é que nem por isso. E olhar para o que está fora da faixa litoral é um exercício diletante.


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