sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

REGRESSO AO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA

Não entrava nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia há alguns tempo. Cinco anos, seis anos, não consigo precisar. O regresso teve lugar há dias, para verificar detalhes de um bocal de poço de Loulé. Uma peça interessante, ainda que muito fragmentada, e cuja datação andará em torno da segunda metade do século XIV. Temos (um colega e eu) um livro mesmo, mesmo a ser ultimado e quis fazer uma última verificação em torno desta peça, que conheço há muito, mas para a qual nunca olhara assim com tanta atenção. A pasta parece algarvia, e tem estampilhas que já vi noutros sítios e que Zeinab Shawky Sayed assinala em bocais mudéjares espanhóis. O sul ainda era só um, no século XIV.

Acabei por deambular por ali um pouco. Há muito tempo que não estava com a Luísa, com o Luís, com o Salvador, com a Ana Isabel, com o António... Em 1997/98, quase fiz do Museu a minha segunda casa. Foram momentos breves e compensadores, os da passada quarta-feira. Ao subir a escada interior - à qual o público não tem acesso - deparei com uma fotografia de Mértola, que ocupava o centro da exposição Portugal Islâmico. Não foi para a lixo, como imaginara. Não resisti à ideia do recuerdo.


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