Chamava-se Adiléia Silva da Rocha. Nasceu em 1930 no seio de uma família pobre do Rio de Janeiro, começou a cantar cedo e passou demasiado depressa pela vida e pela música. Faleceu tragicamente no Outono de 1959. Deixou um rasto de talento e de melancolia que o passar dos anos só veio acentuar.
Em Portugal o nome de Dolores Duran é hoje pouco menos que desconhecido. Comprei em tempos um CD de importação, a um preço obsceno, mas ao qual faltavam coisas importantes. No Outono de 2007 tive oportunidade de completar a lacuna. Foi quase envergonhado que perguntei ao Marcello Dantas: "Onde consigo arranjar um disco de Dolores Duran? Não deve ser fácil, tendo em conta que é mais do tempo dos nossos pais". A resposta foi bem-humorada e pronta: "Eu diria, inclusive, que é mais do tempo dos nossos avós. Tente a Modern Sounds, na Av. de Nossa Senhora de Copacabana". Não falhou, e assim me tornei proprietário de um dos CD mais amados lá de casa.
Tentei arranjar vídeos antigos de Dolores Duran. Nada feito. Nem A noite do meu bem, nem Por causa de você, nem Manias, nada... Tal como, de resto, são escassos os exemplos disponíveis na net de interpretações de Sylvia Telles ou de Maysa. Aqui fica este excerto de um filme musical dos anos 50, embora não seja o melhor que a compositora e cantora fez . É uma oportunidade para se apaixonarem por Dolores Duran.
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