No avião que o leva de Roma para Yaoundé, nos Camarões, o chefe da Igreja Católica insistiu em que o problema da seropositividade "não se pode resolver com a distribuição de preservativos", pois que, "pelo contrário, isso só irá complicar a situação" (Público on-line).
A solução estará na abstinência. Admitamos que sim. Coisa difícil e aborrecida, esse tema da abstinência. O poema Delírio, do parnasiano Olavo Bilac (1865-1918), não é, do ponto de vista técnico, um apelo à abstinência, mas, objectivamente falando, também não traz consigo qualquer risco de gravidez indesejada.
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Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…
Boa noite a todas e a todos
ResponderEliminarToda a gente são a que é que o poema, bem interessante diga-se, se refere. Não vale a pena carregar nas tintas, como fazem alguns comentários, que não serão publicados.
SM