terça-feira, 26 de maio de 2009

A MALA MEXICANA

Não é só por cá que documentos tidos como perdidos se encontram, por acaso, em armazéns em Queluz. Há outros sítios onde tal acontece.

A história da mala mexicana tem contornos rocambolescos. Resuma-se (muito) a trama: durante mais de 60 anos perdeu-se o rasto a 127 rolos, cerca de 3500 de negativos, deixados em Paris no começo da 2ª Guerra Mundial. Autores? Nem mais nem menos que Robert Capa, David Seymour e Gerda Taro. Nos anos 90, começam a soar rumores de que os célebres rolos ainda existiam. Mais de uma década passada em negociações, encontros e desencontros, ei-los que surgem.

Robert Capa (1913-1954) morreu na Indochina, ao pisar uma mina.
David Seymour (1911-1956) morreu durante a Crise do Suez, abatido por uma rajada de metralhadora.
Gerda Taro (1910-1937) morreu na Guerra Civil de Espanha, em consequência de um acidente.
Hoje temos a tendência para pensar que eram todos de origem anglo-saxónica, mas o primeiro era húngaro, o segundo polaco, a terceira alemã...

Há pouco mais de dois meses Ségio Gomes assinou um belíssimo trabalho na Pública sobre o tema:

Veja-se também, no mesmo jornal:

Para quem nem tudo esteja resolvido, e um pouco de penumbra persista, continua a faltar o negativo da mais célebre imagem da Guerra Civil de Espanha e que, supostamente, retrata a morte de um anarquista em Cerro Muriano.

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