Lê-se hoje, no Público, na entrevista de Inês Sequeira a Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Aecops-Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas:
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Países do Norte de África começam a fechar portas à entrada de construtoras portuguesas
As vias abertas em visitas de Estado estão a fechar-se em Marrocos e na Argélia, que poderiam ser alternativa ao arrefecimento angolano e à quebra interna do sector
As vias abertas em visitas de Estado estão a fechar-se em Marrocos e na Argélia, que poderiam ser alternativa ao arrefecimento angolano e à quebra interna do sector
P - Sente-se ou não o aumento do proteccionismo?
R - Já há indícios, em alguns mercados, de que pode haver uma limitação à entrada de novos actores. No Norte de África, por exemplo, já se sente isso: na Argélia, em Marrocos, nos requisitos que são colocados nas fases de qualificações, nas dificuldades de operar quando se está no terreno... Há algum arrefecimento das vias que foram muitas vezes abertas por influência política.
Tenho algumas dúvidas que a brevidade da afirmação justifique o destaque que foi dado ao tema, com direito a chamada de primeira página. Mas isso cabe, evidentemente, no âmbito das opções editoriais. É, contudo, inegável que o tema em si justifica a maior atenção.
Os empresários estão preocupados com a atitute proteccionista dos governos magrebinos? Os equívocos com o Magrebe não são de hoje. No meio de uma orientação claramente europeísta o Norte de África nunca foi opção. Facto surpreendente, se considerarmos a importância das jazidas de gás de Hassi Messaoud e a importância do petróleo líbio. Facto extraordinário, só há dois anos Portugal se dignou abrir representação diplomática em Tripoli. Tire-se o chapéu ao actual governo.
Nunca vi, contudo, que o interesse em mercados competitivos fosse acompanhado por uma ofensiva político-cultural digna de registo. Quantas empresas portuguesas se dedicam a operações de mecenato nesses países? E qual foi o investimento nesses domínios? Quantas exposições de artistas portuguesas são promovidas? Que intercâmbios com produtores culturais efectivamente ocorrem e quais os seus resultados? Quantos cursos de língua portuguesa existem e quais os seus níveis de frequência? Quantas publicações em língua árabe (ou em versão bilingue) temos disponíveis sobre um património comum? Quantas missões técnicas no âmbito do património existem e que resultados produziram? As perguntas poderiam multiplicar-se e poderíamos tranquilamente esperar por respostas que não existem.
Há motivos para termos esperança? São muito ténues, e por mais esforços que pequenos grupos marginais possam fazer, as opções e os resultados passam aqui por soluções institucionais e pelo mainstream. Tlemcen não é Uppsala e querer cegamente adaptar ao Norte de África lógicas europeias é apenas o primeiro passo para o desastre...
Corredor de um palácio otomano no centro do Cairo, fotografado em Março de 2006.
Oh, amigo Santiago, gostaria de lhe pôr uma questão politica. Eu sou um ignorante no que se refere a politica. Explique-me lá, se faz favor, como é que a maior democracia do Mundo, os Estados Unidos da América, e também considerado o maior país capitalista pode nacionalizar uma empresa de automoveis que já foi a maior do Mundo?! E, no entanto, o nosso país que é Socialista (o nosso Governo tem a maioria do Partido Socialista, não é verdade?) não pode ajudar empresas e fábricas na mesma dificuldade económica?! Ah, os bancos o Governo já ajuda!!
ResponderEliminarCompreende agora porque digo que sou um ignorante em politica... Este tipo de atitudes não é compreensivel para mim!!!
Espero que me possa elucidar sobre este assunto.
Com os melhores cumprimentos!