"Et si l'Europe se chauffait avec le soleil du Sahara", titula hoje, em primeira página o quotidiano parisiense Le Monde. É interessante o tema, tendo em conta que há um projecto de energia solar de grande dimensão em funcionamento no concelho de Moura e outro em fase de estudo e negociação. Mais interessante se torna o tema quando verificamos que foi uma Câmara Municipal de pequena dimensão, como a de Moura, a tomar a dianteira nesta área. Voltarei várias vezes a este tema ao longo do Verão.
.
O projecto em torno das centrais termo-solares no Sahara vai levantar um conjunto de importantes questões, para as quais não há, neste momento, a mínima resposta:
1. Como resolver, na prática, o problema do financiamento do projecto (400 biliões de euros)?
E admitindo que esta é a parte menos complexa ficam questões sensíveis para ultrapassar:
2. Qual o grau de envolvimento dos países abrangidos pelo projecto? A instabilidade está na ordem do dia no Mali (recentemente classificado como o Afeganistão de África...), no Níger, na Argélia, na Mauritânia etc.
3. Qual a dimensão de desenvolvimento e progresso social que o projecto comporta? A expectativa é suprir as necessidades energéticas da Europa até 15%. Temo que as contrapartidas se fiquem, do lado africano, ao nível de elites claramente corruptas e que o são com a conivência, beneplácito e apoio dos neo-colonialistas europeus.
4. O projecto estende-se também ao Egipto, ao Sudão e ao deserto de Nefud. E, se a minha leitura do mapa bate certo, até ao Yemen.
.Siga-se, pois, este projecto com toda a atenção. O futuro é feito de desafios arriscados...
.
Actualização da informação em:
Bom... pourquoi pas appeler à Feira de Maio em Moura..."La Foire du Soleil" ou bien "La Foire des Energies Solaires". A pensar também no futuro...porque não. A.P
ResponderEliminarE porque não?
ResponderEliminar