Com a obra dos Quartéis a avançar a bom ritmo e com o projecto dos seus arranjos exteriores (da autoria da PROAP) a tomar forma é altura de se começar a pensar num programa para o antigo campo de futebol. A ideia de um jardim mediterrânico começa lentamente a tomar forma. Sem entrar aqui em debates sobre a origem dos jardins em volta do grande mar interior e sem haver ideia final para o projecto duas ou três ideias se podem, à partida, esboçar:
A necessidade de se criar uma zona verde que possa ser ambientalmente sustentável;
A necessidade de se criar uma zona verde que possa recorrer a plantas autóctones;
O imperativo de termos um jardim com plantas aromáticas do Mediterrâneo, num espaço simultaneamente lúdido e didáctico.
É fácil percebermos a importância destes espaços nas cidades do Mediterrâneo. Basta ler um pouco da poesia que na Andaluzia dos califas era produzida para entrarmos um pouco nesse mundo de cor e de aromas que era quase uma ante-câmara do Paraíso.
.A necessidade de se criar uma zona verde que possa ser ambientalmente sustentável;
A necessidade de se criar uma zona verde que possa recorrer a plantas autóctones;
O imperativo de termos um jardim com plantas aromáticas do Mediterrâneo, num espaço simultaneamente lúdido e didáctico.
É fácil percebermos a importância destes espaços nas cidades do Mediterrâneo. Basta ler um pouco da poesia que na Andaluzia dos califas era produzida para entrarmos um pouco nesse mundo de cor e de aromas que era quase uma ante-câmara do Paraíso.
Representação de jardim - mosaico da mesquita omeia de Damasco (séc. VIII)
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Cuántas veces he ido en hora temprana a los jardines:
las ramas me recordaban la actitud de los amantes.
¡Qué hermosas se mostraban cuando el
viento las entrelazaba como cuellos!
Las rosas son mejillas; las margaritas, bocas
sonrientes, mientras que los junquillos
reemplazan a los ojos.
Ibn Hafs al-Yaziri (s. XI)
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Cuántas veces he ido en hora temprana a los jardines:
las ramas me recordaban la actitud de los amantes.
¡Qué hermosas se mostraban cuando el
viento las entrelazaba como cuellos!
Las rosas son mejillas; las margaritas, bocas
sonrientes, mientras que los junquillos
reemplazan a los ojos.
Ibn Hafs al-Yaziri (s. XI)
...isso seria muito bom...
ResponderEliminarseria um bom projecto para Moura.
Moura sempre teve bons jardins,bonitos bem arranjados,essa idea de um jardim mediterranico de certeja que seria uma mais valia para a nossa Cidade...
J.L o anonimo
Estou certo que será uma realidade.
ResponderEliminarEssa linha de intervenção é muito mais do que a recuperação de um hiato no espaço urbano, é uma estratégia de sustentabilidade, de valorização do património. Espero poder ver o mosaico de lavandas muito em breve...
le point 2 est une idée incomprehensible qu'on entend souvent
ResponderEliminarc'est très difficile de savoir quelles sont les plantes indigènes, la Méditerranée c'est 7000 ans d'échanges, de migrations, de circulation de végétaux et d'oubli...
par exemple nos visiteurs sont toujours curieux devant les artichauts que personne ne cultive plus ici alors qu'ils sont natifs d'ici et que c'est ici que les arabo-andalous les ont sélectionnés avec des grosses têtes,
l'oranger est il local ?
l'olivier à fruits a probablement été selctionné au proche orient, le figuier également,
les hortas sont fait de plantes gréco-romaines,
les pomars sont énormément marqués par les arabes
un jardin méditerranéen c'est justement la diversité végétale, elle est encore plus vrai des jardins portugais, infatigables voyageurs qui ont rapporté des végétaux du monde entier
L'idée de jardin portugais avec des plantes locales est un contre sens selon moi
en revanche vous pourriez demander un vrai jardin portugais, avec ses parfums, ses azulejos, ses ombres de pergolas et des bassins d'eau.
Quando me refiro ao carácter autóctone excluo, por exemplo, as importações do chamado Novo Mundo.
ResponderEliminarE admito a inclusão, ou a recuperação de aromas e plantas hoje um pouco "esquecidas" (como as alcachofras ou os chicharos) e que encontramos nos tratados de Ibn al-Awwam ou de Abu l-Jayr. Não esqueço o contributo dos tratados geopónicos e a componente de investigação fará parte do projecto. Atenção que um "post" é uma pista, passe a cacofonia, e não uma memória descritiva...
O que se lançou aqui foi uma pista para um projecto a desenvolver. O que v. propõe é já um programa de intervenção com soluções concretas. Esteja atento às notícias: o projecto será posto a concurso.
Já agora, e no sentido da sua argumentação, o azulejo não é autóctone. A sua função e, até, a forma, remontam ao mundo mesopotâmico.
admettons une ségrégation pour les plantes du nouveau monde... bien que rien en la justifie. Elles incluent des incontournables de tous les jardins d'Alentejo : tomates, pomme de terre, poivrons, figues de Barbarie... etc, pourquoi elles et pas les australes ? Pourquoi exclure des plantes du quotidien avec un pur parti pris idéologique.
ResponderEliminarVous feriez mieux d'exclure le gazon. La criminelle pelouse.
ça n'a pas vraiment de sens, le jardin de climat méditerranéen est mondialisé, c'est ainsi, quand la Californie décide de cultiver la grenade, tout le monde suit.
Il est mondialisé depuis toujours.
Sur les azulejos il existe en revanche une vraie spécificité portugaise, une divergence au XVII° et au XVIII°, avec une fonction quasi végétale dans les jardins qui n'existe pas chez les arabes, ni à la renaissance. Cela mérite une vraie analyse.
Pourquoi ne pas les imposer dans le cahier des charges ?
Pour en rester à l'essentiel
voila une bonne idée :
faisons un jardin avec toute la flore d' Ibn al-Awwam, voila un superbe projet.
Surtout ici avec d'incroyables pommes et poires, comme du temps de Silves, et du bon sucre de canne répute partout
(comme vous le savez je conduis laborieusement cette reconstitution extrêmement difficile du fait de l'industrialisation des plantes)