sábado, 19 de setembro de 2009

IS THAT ALL THERE IS?

É pouco antes do fim do filme. After hours (Nova Iorque fora de horas), de Martin Scorsese (n. 1942) é uma obra entre o frenético e o neurótico. O homem perdido na cidade que tenta voltar a casa, o tique-taque do relógio ao longo do filme, a fuga em permanência, a procura desesperada de uma ajuda que não aparece. É um dos meus filmes preferidos e uma das obras maiores de Scorsese. E pouco me importa o que dizem os especialistas sobre After hours.
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Tentem entre os minutos 3:45 e 8:25, quando o desastrado Paul Hackett pede uma bebida e convida a senhora solitária para dançar. E depois diz I just want to live! (ou será I just want to leave!, nunca percebi sinceramente o sentido da frase e talvez a graça esteja na ambiguidade). A cena é de uma enorme ternura até emergirem os que perseguem Paul. A música é Is that all there is pela inesquecível Peggy Lee (1920-2002).
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5 comentários:

  1. - Why are you doing this?
    - What?

    You flirt with me.
    You share your cigarette with me.
    You dance with me.
    You're nice to me.

    - Open up!

    Why are you doing this?

    I want... to live.

    - Sorry, folks. Closing up.

    I just want... to live. Live

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  2. Bem sei, Alexandre...
    Era/é apenas uma forma de continuar o jogo das palavras. Até porque o pobre Paul sobrevive. mas chega num estado lamentável ao ponto de partida.

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  3. Eu sei que vais esbugalhar os teus olhos azuis e dizer "nao acredito !?". Pois é, mas eu nunca consegui ver este filme até ao fim. Sinto a angustia aumentar com o deambular do héroi.

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  4. Não é que não acredite...
    Recuso-me a acreditar.

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