sexta-feira, 30 de outubro de 2009

BRIEF ENCOUNTER

Quando me lembro do nome de David Lean (1908-1991) há uma palavra que surge de imediato: classe. D. Lean foi dos poucos que não deixou que o seu talento submergisse ante o espalhafato dos meios que, regularmente, foram postos à sua disposição. Foi assim que construiu uma das mais elegantes carreiras do cinema anglo-americano, onde se destacam Lawrence da Arábia (1962) e Passagem para a Índia (1984). E este Breve encontro (1946), a sua quarta longa-metragem. Rodado aos 38 anos é um filme de uma enorme e angustiosa maturidade. A última cena é uma despedida, um momento que não terá retorno. Não é preciso explicar de que trata o filme.
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A música de Rachmaninov - o segundo andamento do Concerto nº 2 para piano e orquestra acompanha todo o filme e acentua a sua melancolia - sublinha aqui na perfeição o desencontro do momento e a impossibilidade do futuro, numa das cenas mais tristes de toda a História do Cinema.
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