Deixei-me arrastar, sem demasiada convicção, para o cine-teatro de Mértola. Ainda bem, porque o espectáculo foi extraordinário. Uma pequena peça de marionetas, pelo Teatro del Drago, de Ravenna, intitulada O sequestro do príncipe Charles. Durante cerca de 45 minutos seguimos as peripécias de Fagiolino, Balanzone e de todos os outros. A peça era falada em italiano? E daí? Tinha trocadilhos nem sempre fáceis de seguir? E depois?
No final, Mauro Monticelli explicou que a família se ocupa daquela arte desde meados do século XIX. E que são os derradeiros de uma tradição que teima em não morrer.
Foi então que levantou o pano do teatro e nos mostrou que toda a peça era ele só, manipulando os burattini. Pudémos então dar-nos conta da ilusão. E se às vezes o levantar do véu da ilusão tira a magia das coisas, ali não foi esse o caso. Viva o TEATRO DEL DRAGO!
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