O cineasta chama-se Paul Thomas Anderson (n. 1970). Tornou-se célebre com Boogie Nights, que dirigiu com apenas 27 anos, mas tem muito melhor que esse filme. Tem Punch-Drunk Love (2002) e este Magnolia (1999). O início de Magnolia, com uma extensa reflexão sobre o significado da palavra "sorte", é um dos mais electrizantes que conheço. A história é um cruzar de episódios, um pouco na linha que Altman tornou na sua imagem de marca. Mas Paul Thomas Anderson vai mais além da simples fábula do quotidiano, estende-se aos territórios do absurdo. Que parece, afinal, uma coisa naturalíssima. Partilho com uma amiga o fascínio pela frase "This happens", usada por um personagem para justificar o que não tem explicação. A sorte e o acaso que nos atormentam a cada momento.
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O Magnólia é um excelente filme. Dentro das suas diferenças, associo-o, automaticamente, a outros dois: “O Efeito Borboleta” baseado na Teoria do Caos e a um dos meus filmes preferidos, dos últimos anos, “Colisão”, vencedor do Óscar de Melhor Filme em 2004.
ResponderEliminarMagnólia também é para mim, sinónimo de Aimee Mann e “Wise Up” e da cena da chuva de sapos - afinal… também esta uma confirmação da frase “This happens”.
http://www.youtube.com/watch?v=xTI8ZiopycQ
BB
Recordo-me perfeitamente de ter ido ver este filme, nos meus tempos de universidade ao King da Avenida de Roma. Marcou-me bastante, sobretudo esta sequência que aqui reproduzes. Não consegui evitar umas fortes gargalhadas que entoaram, solitárias, na sala.
ResponderEliminarNota à parte: exceptuando no "Gato Preto Gato Branco" do Kusturica, porque evitá-las talvez fosse impossível, nunca ouvi gargalhadas no King da Avenida de Roma. O ambiente de intelectualidade era de cortar à faca.
J.G. Valente
Era e é.
ResponderEliminarHá muita gente (a maior parte crê-se intelectual a sério, da pesada) que acha que rir à gargalhada é coisa "popular" e, portanto, não-intelectual. Que lhe havemos de fazer?