segunda-feira, 15 de março de 2010

BISSAU VI - CUMERÉ

A ideia inicial era ver o complexo do Cumeré. Ou, ao menos, o que dele resta. O projecto que se gizou foi o de dotar a Guiné-Bissau de uma unidade industrial capaz de processar e preparar para os mercados mundiais a produção de amendoim do país.
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A história é quase tão antiga quanto a do país. O Cumeré nunca chegou a laborar, apesar da estrada que se construiu e dos postes de electricidade que se ergueram ao longo de vários quilómetros, e que nunca tiveram préstimo. Resta hoje uma ruína impressionante, onde se enterrou muito, muito dinheiro. As ruínas são quase sempre interessantes para a fotografia, mas os muros do Cumeré afogam-se no capim.
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Há muito que queria ir ao Cumeré e não dei o tempo por perdido. Por causa do cenário de apocalipse e por causa desta bonita rapariga, que ali estava a escolher arroz e a tomar conta dos irmãozinhos mais novos. Uma pose e um olhar de modelo, sem imaginar o que será uma "academia".
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1 comentário:

  1. O complexo de Cumeré é como a grande maioria dos investimentos feitos em África. São feitos com o dinheiro de países cooperantes, são projectos que imediatamente aos países executantes partirem tudo se acaba...apenas servem para engordar as contas dos Srs governantes, que ainda têm muito para aprender.
    Bem, mas isso dos governantes ainda terem muito para aprender também se passa por cá.
    Vamos lá ver se nós aqui no nosso Alentejo não teremos também o nosso complexo de Cumeré.
    Mas na boca do povo Africano, "dinheiro é capim!"
    Don't worry...be happy

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