Pergunta-me a leitora Dulcineia (um bom nome, que remete para o assalto ao Santa Maria) o que é feito dos Delfins. A Dulcineia vive em França há quase 20 anos, daí não estar ao corrente destas pequenas histórias da Pátria.
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Os Delfins já não existem, mas pertencem à vida de muitos de nós. À minha pertencem, seguramente. Em 1984 fui alvo do gozo generalizado dos colegas da direcção da Associação de Estudantes de Letras (a Isabel Martins, o Carlos Almeida, o Luís Guerreiro, o Paulo Pacheco, a Rosa Ribeiro, a Vanda Inácio, a Ângela Luzia etc. etc.) por ter comprado um disco dos Delfins, a versão pop de O vento mudou, cantado em 1967 por Eduardo Nascimento. A Esquerda associativa próxima do PCP era então bastante dogmática. As heterodoxias (as de outros colegas e as minhas) eram vistas pela linha oficial com a condescendência que se reserva aos desalinhados inofensivos. Alguns colegas de então tiveram evoluções políticas erráticas. Não sei se já gostam dos Delfins. Nunca é tarde para começar.
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Ainda recordo os Delfins no Castelo de Moura, numa ocasião das Festas de Moura. Não me lembro do ano, mas foi divinal "A Baía de Cascais"!
ResponderEliminarfoi em 1991, eu era Festeiro.
ResponderEliminar18 anos ! Ontem (1 de Abril) atingi a maioridade em terras da Galia.
ResponderEliminarTalvez um dia o vento mude...talvez um dia voltarei.
Sem ser dogmático, a minha vida não passou pelos Delfins.
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