A expressão de ponto em branco parece-me apropriada a esta iniciativa. Não tinha ouvido falar dela até a Fátima me ter ligado há umas semanas perguntando-me se estaria interessado em participar no dîner en blanc. De que se trata? De um piquenique improvisado, que tem lugar nesta altura do ano, em Paris. O local só é conhecido de um grupo restrito de organizadores que, com poucas horas de antecedência, avisam os participantes, num bem montade esquema de boca-a-boca e sms. Porquê o secretismo? Porque o dîner en blanc é uma manifestação não autorizada. Mas também nunca foi reprimida.
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Para além desta originalidade há uma outra, que dá o nome à iniciativa: as roupas, as toalhas, as mesas, os vinhos (nada de tinto sff), tudo deverá ser branco. Não há, em princípio, toalhas de papel, nem copos de plástico. Não deixa de ser um tanto elitista, mas tem a sua piada.
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Disse à Fátima que irei no próximo ano, se ela fizer parte das pessoas contactadas. Uma velha amiga minha chamou-me a atenção para a contradição entre a militância política e uma coisa destas. Pois. Mas é assim. Que fazer?
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.O dîner en blanc de 2009 (na fotografia) foi em plena Concorde; o de ontem no pátio do Louvre.
Ora aqui vai material mais actualizado do que a tua foto:
ResponderEliminarhttp://videos.tf1.fr/infos/2010/un-diner-en-blanc-loin-de-la-patee-des-bleus-5885409.html
P'ro ano conto contigo e com um "branco alentejano".
Irei, seguramente.
ResponderEliminarVai sim, Santiago. O branco também é sinal de pureza. E todos precisamos dela!
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