quarta-feira, 23 de junho de 2010

MÉRIDA - I

Já uma vez contei aqui no blogue como foi em Mérida, no meio da mais completa solidão, que ultrapassei uma decisiva crise em torno da minha tese. Foi em Maio de 2003. De então para cá, a cidade faz parte dos meus percursos habituais. Tenho por lá amigos (Miguel Alba, diretor científico do Consorcio de Mérida, e Pedro Mateos, diretor do Instituto de Arqueologia de Mérida, uma unidade mista de investigação um pouco ao estilo gaulês, algo que podemos classificar como raridade em vias de extinção) e a cidade em si vale bem uma visita. Ou muitas visitas, para podermos ver muitas vezes as mesmas coisas.
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Inicio aqui uma série de dez textos sobre Mérida. Começando por aquilo que foi um gesto distraído. Enquanto fazia o registo no hotel reparei num folheto que anunciava a 49ª edição do Festival de Teatro Clássico de Mérida. Voltei em Agosto. E praticamente todos os anos depois desse decisivo 2003. Já lá vi coisas banais. Peças de teatro sem história, bailados soviéticos fora de moda e ao estilo heróico. Mas também representações de exceção, como Pentesilea. Ou uma curiosa versão da saga de Ulisses, transposta para as Caraíbas, e representada ao som do calypso.
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Em todo o caso, mesmo se o cartaz nos pode desiludir, o sítio nunca nos desaponta. O ambiente do teatro é majestoso. E as ruínas iluminadas nas noites de Verão superam todos os contratempos. Boa parte do trabalho de redescoberta da cidade deve-se ao labor de dois arqueólogos clássicos: José Ramón Mélida e Maximiliano Macías. Este último não era meu familiar.
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Veja-se, em particular, o programa do Festival para o corrente ano: http://www.festivaldemerida.es/

5 comentários:

  1. só um comentário sobre mérida?

    caetano

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  2. So um comentario sobre Mérida ? E viva o velho, Caetano...que a malta nao esta para Mer(i)das.
    O povo quer é ir ver as espanholas e tomar umas canhas : ))
    Agora cultura !? P'ra quein ?

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  3. no ia 26 de junho fiz um comentário quase irrisório sobre mérida muito de acordo com o conteúdo escrito por santiago acrescentando-lhe que a par da antiga capital da lusitânia também lisboa possui completamente desconhecido um (foi)maravilhoso teatro romano com um vista deslumbrante para o mar da palha. quanto a mérida é das cidades da estremadura a par de cáceres e trujilho das minhas preferidas eu bem falo aqui do norte porto para as conhecerem mas nem mesmo quem tinha obrigação por força da sua formação académica as vai conhecer paciência é o que perdem. um abraço e evitem visitar mérida em dias de calor já apanhei 44 graus à sombra lá de resto vão sempre que possam e não esqueçam o museu do moneo. caetano

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