Os reinados trágicos são sempre mais estimulantes que os outros. O de D. Sancho II, a despeito do avanço decisivo da Reconquista, ficou marcado por um ambiente de invulgar violência e intriga. O rei, enredado em intrigas cada vez mais complexas, acabará por ser deposto em 1245. Morrerá no exílio, em Toledo, no início de 1248, com menos de 40 anos de idade. À boa maneira portuguesa, esta história invulgar de conspiração nunca inspirou nenhum filme ou peça de teatro de qualidade.
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A biografia de D. Sancho II foi traçada, com brilhantismo, por Hermenegildo Fernandes (n. 1964), na colecção sobre os reis de Portugal que o Círculo de Leitores editou em 2006. Só agora, mea culpa, a estou a ler, mas o que leio confirma que o Hermenegildo não só é um investigador de excepcional craveira - bem acompanhado, na sua geração, pelo Luís Filipe Oliveira - mas consegue fazer a leitura dos acontecimentos contextualizando-os e tornando claro e legível aquilo que nem sempre o é num primeiro momento. Vão por mim: vale mesmo a pena ler esta biografia.
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A biografia de D. Sancho II foi traçada, com brilhantismo, por Hermenegildo Fernandes (n. 1964), na colecção sobre os reis de Portugal que o Círculo de Leitores editou em 2006. Só agora, mea culpa, a estou a ler, mas o que leio confirma que o Hermenegildo não só é um investigador de excepcional craveira - bem acompanhado, na sua geração, pelo Luís Filipe Oliveira - mas consegue fazer a leitura dos acontecimentos contextualizando-os e tornando claro e legível aquilo que nem sempre o é num primeiro momento. Vão por mim: vale mesmo a pena ler esta biografia.
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Deixa-te de idéias...olha que o Manoel de Oliveira ainda te ouve e prega-nos uma REAL SECA !
ResponderEliminarQuanto ao Hermenegildo até agora so conhecia o Zegna.
Apanhei o prof Hermenegildo na FLUL, na cadeira de Hist do Islão Medieval.
ResponderEliminarEra um gozo pedir-lhe que explicasse qualquer dúvida. Aprendia-se o assunto todo numa descrição que parecia interminável a quem não interessava...
Ainda terminou o semestre com 2 aulas fantásticas, (1º uma história da evolução da música árabe para a música peninsular ; 2º uma série de fotografias de um roadtrip que o próprio professor tinha feito pela Síria) onde não me cansei de pedir para me esclarecer em tudo o que achei pertinente.
Claro que houve quem não gostasse muito da seca que apanhou...