quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O RELÓGIO DE SANTOS DUMONT

Lia-se ontem na imprensa que os estudantes americanos que estão prestes a entrar para a universidade pensam que Beethoven foi um cão ou que Michelangelo é um vírus de computador. Nada de novo. O que mais me chamou a atenção foi o facto desses mesmos estudantes estarem a abandonar o uso do relógio de pulso, uma vez que dispõem de informação horária no telemóvel.
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Os relógios de pulso nasceram da necessidade de um aristocrata brasileiro, Santos Dumont (1873-1932), que não podia pilotar o avião e ver as horas ao mesmo tempo. O seu amigo Cartier resolveria o problema, em 1904, criando um modelo de relógio para o aviador. É a memória desses tempos que começa agora a desvanecer-se.
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Modelo Santos (Cartier), comercializado a partir de 1911. Até hoje.

6 comentários:

  1. Por falar em relógios aqui fica uma curiosidade, Georges Frederic Roskopf (1813-1889), nasceu na Alemanha e naturalizou-se mais tarde na Suíça onde em 1829 com 16 anos teve pela primeira vez contacto com a indústria relojoeira, quando acompanhou um vendedor da Sandoz que na altura penas fabricava componentes. RosKopf pensou então em criar um relógio que estivesse ao alcance de todos e não apenas das classes burguesas, em 1833 criou a marca Roskopf, comercializados a preços mais baratos estes relógios depressa entram na vida dos menos abonados incluindo as classes operárias. Os burgueses que não viam com bons olhos o facto de todos terem acesso a um objecto tão exclusivo ao qual só eles tinham acesso recusavam-se a sequer adquirir um destes relógios julgando ser de menor qualidade e também por serem usados pelos trabalhadores, foi então que surgiu a expressão “Roskof” para designar tudo o que é de baixo preço e qualidade duvidosa e que ainda hoje é utilizada. Os Relógios Roskopf foram dos melhores do mundo e os primeiros com a coroa para dar corda incorporada no sistema de acerto dos ponteiros, uma vez que todos os outros possuíam uma chave separada para esse efeito. A marca terá sido depois adquirida ou o que restava dela por uma empresa suíça, Swiss watches, mais conhecida como SWATCH.

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  2. "Começa desvanecer-se" so para alguns...é essa a diferença entre uns e os outros !

    Eu e a do O acompanhamos um dia a Muriel à loja da avenue Montaigne, para mudarmos uma pilha no relogio. A do O ficou "banzada" !

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  3. Santiago,

    Já fostes ao armazém dos chinezes? Olha, lá há relógios são bué de baratos e marcam o mesmo tempo.
    Olha, Santiago, havias de ir há loja dos chineses - até pode ser em Mértola, ou em Moura, ou noutro citio aonde andas - e depois fazias uma crónica aqui no blogue.
    Descusas só de falares dos tipos lá das arábias e dessas coisas que descobres nos frisos dos cacos das enfuzas. Os chineses tamém tem muita história ligada cá há da gente.
    E pronto.

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  4. Obrigado, José Francisco! Achei muito engraçada a história do "roskov", que não conhecia.
    Quanto à mensagem anónima de hoje, também tem graça, mais até por se perceber que os erros ortográficos são mais que intencionais, ok? Há coisas que não se disfarçam...

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  5. José Francisco Finha24 de agosto de 2010 às 00:25

    De nada Santiago! Até porque confesso que sou um apaixonado por relógios...e automoveis.Por acaso estas coisas até estão ligadas entre si ou não tivessem os automoveis inspirado muitos modelos de relógios.

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  6. Para quem é apaixonado por relógios recomendo www.museudorelogio.com e em especial o relógio museu modelo 1910

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