Por vezes, embora não com muita frequência, reproduzo comentários de leitores. Achei uma graça muito particular a este:
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olha... Uma "entrada" no blog que tem que ver com algo que não seja futebol e toiros... À parte as eternes "viagens pela minha terra" ou, se quiser, pelas terrass dos outros... Santiago, não te parece um bocado VAZIO passar horas esquecidas a repetir as (inevitáveis) redacções que fazíamos no início das aulças: "Como passei as minhas férias"?? E o futebol e os toiros, e a tasca do liberato... Ouve lá, mas tu já reparaste que te estás, de há uns bons (demasiados) tempos para cá, a vegetalizar?? Vê lá mas é se tens juízo e acordas, homem! Porque a mim parece-me que nem sempre foste uma couve... Mas se calhar sou eu que estou enganado. (enviado a 25.8.2010 - 1:36)
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Tem graça, porque as avaliações mais verrinosas se escondem sempre detrás da capa de algo parecido a elogios sobre as coisas interessantes que teremos feito num passado remoto. Aqui vai uma rápida reflexão sobre o que tem sido, e continuará a ser, este blogue:
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Tem graça, porque as avaliações mais verrinosas se escondem sempre detrás da capa de algo parecido a elogios sobre as coisas interessantes que teremos feito num passado remoto. Aqui vai uma rápida reflexão sobre o que tem sido, e continuará a ser, este blogue:
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1. O avenida da salúquia 34 é um blogue estritamente pessoal, tem e terá apenas um responsável;
2. As matérias andam sempre à volta dos temas que estão listados no sector "organizando a avenida";
3. Quando falo em política o número de visitas aumenta (dos 10 dias mais visitados, 8 dizem respeito à altura da campanha eleitoral para as autárquicas), mas não me interessa falar só de política;
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Horas esquecidas? Meu caro/minha cara, tenho mais que fazer. O blogue é programado com semanas de antecedência. Tempus fugit e a minha vida é muito ocupada.
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Falo de coisas pouco importantes? Talvez. Falo do que quero e do que gosto, quando quero e como quero. Sem perguntar a ninguém se o faço assim ou assado. Um dia o blogue acabará. Como tudo na vida. Para já vou contando com o interesse de quem por aqui passa. A pedra de toque e o espírito do blogue vão um pouco no sentido do poema que abaixo reproduzo, e que, coisa inédita, aqui publico pela segunda vez. Com uma imagem do Luís Pavão (n. 1954), fotógrafo de quem gosto muito e com quem já publiquei um livro. Em tua honra, meu caro/minha cara.
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De Alberto Caeiro:
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O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
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O Tejo tem grandes navios
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
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O Tejo desce de Espanha
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde vai
E donde ele vem.
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E por isso, porque pertence a menos gente,
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Nunca ninguém pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
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O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Tem graça que, ainda ontem discutia este assunto com uns colegas. Acho que o problema das pessoas está em associarem os blogs, que, são pessoais às instituições a que os seus autores estão ligados, no meu caso à JFA. Daí, acharem que os posts mais pessoais são desinteressantes, mas como eu também já disse e escrevi várias vezes, os blogs são nossos e nós, os autores é que decidimos o que é ou não interessante publicar, até porque só nos visita quem quiser, ninguém é obrigado.
ResponderEliminarQuanto ao poema, não sendo inédito, continua a ser muito bonito.