segunda-feira, 11 de outubro de 2010

LEVEZA

Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.
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E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
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E o que se lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
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E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
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O poema é de Cecília Meireles, por cujas palavras nutro uma especial paixão. A fotografia é de Francisco Pinto Moreira, meu amigo e patrício. E um belíssimo fotógrafo de natureza. Um talento inesperado. Mas que não nos deixa dúvidas.
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As palavras de Cecília Meireles vão bem com esta imagem, bem leve.
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