quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CARLOS PINTO COELHO (1944-2010)

Tinha em estilo inconfundível e que se prestava à caricatura. Herman José utilizou esses tiques criando uma figura genial, a do jornalista Carlos Filinto Botelho, que repetia, a propósito e a despropósito, a expressão "África, mãe África!".
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Carlos Pinto Coelho, símbolo de um jornalismo independente em extinção, tornou-se conhecido pela sua presença constante na RTP. Dirigiu, durante muito tempo, uma magazine notável, Acontece, onde muitas iniciativas culturais eram anunciadas e objecto de curtas reportagens, um género de programa que hoje nos parece uma relíquia fora do tempo. A fotografia, área que lhe merecia particular interesse, era o seu violon d'Ingres.
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Morreu hoje, aos 66 anos.
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3 comentários:

  1. No momento em que o jornalismo atravessa um enorme descrédito, os actuais e futuros profissionais da comunicação social deviam olhar para o percurso de vida do Carlos Pinto Coelho e saber o que é comunicar de uma forma isenta...

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  2. Duas perdas na cultura ibérica no mesmo dia: morreu também, com a mesma idade, o cantaor de flamenco Enrique Morente: Escalofríos morentianos, ayes desconsolados, un pellizco abrumador y el retumbar de un hondo quejío tomaron ayer las calles de Granada en la última despedida de la ciudad que vio nacer en 1942 a Enrique Morente, fallecido el lunes en Madrid. De allí había llegado el féretro por la mañana. La poesía, siempre tan cara al Ronco del Albaicín, y el cante de su hija Estrella pusieron la honda emoción a una jornada que se cerró con el entierro del artista flamenco en el cementerio de San José, en las inmediaciones de la Alhambra. Para Enrique Morente, más que un monumento, todo un estilo de vida, bohemio y revolucionario, al que tanto cantó.

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