quinta-feira, 17 de março de 2011

ARTE BIZANTINA NO OCIDENTE MEDITERRÂNICO

Uma explicação cabal para tão invulgar e luxuoso projecto reside na riqueza mineira da região e na tomada do poder na cidade por uma burguesia que tomou nas suas mãos a gestão desses recursos. Importa também sublinhar a importância das comunidades orientais nas cidades do sul. A epigrafia tem dado, a esse propósito, um contributo inestimável, permitindo‑nos estabelecer ligações entre Mértola e grupos de mercadores que usavam o grego como língua de comunicação. As relações de Mértola com o mundo bizantino terão sido incrementadas por esses contactos e contribuiram para incluir a cidade no circuito de produção artística daquele tempo. O caminho de Oriente para Ocidente percorrido pelos mosaistas que trabalhar no complexo religioso da área palatina não teria sido possível sem esse ambiente de contactos e de relações. Sobretudo, nada teria sido possível sem o impulso do comércio e sem o papel decisivo que os mercadores tiveram.

.
É este o último parágrafo do livrinho Mosaicos de Mértola: arte bizantina no ocidente mediterrânico, do qual sou autor e que a Câmara Municipal de Mértola decidiu editar. A apresentação pública é no dia 24 de Março, pelas 18 horas, no salão nobre da Câmara Municipal.
.
Volto a uma casa que é a minha (sou funcionário daquela autarquia desde 12.6.1992) e onde fiz a parte mais importante da minha carreira profissional. E com a qual tenho sempre prazer em colaborar.
.
A iniciativa, integrada no programa Lembrar Serrão Martins, conta com a colaboração do Campo Arqueológico de Mértola. E, convirá dizê-lo, faz parte do meu projeto de trabalho para a Universidade de Coimbra no âmbito do Ciência 2008.
.
Página da Câmara de Mértola no facebook:

http://www.facebook.com/pages/C%C3%A2mara-Municipal-de-M%C3%A9rtola/111523938890486

.

Capa e contracapa do livro

6 comentários:

  1. Querido Santiago parabéns...
    Lamento sinceramente mas vai ser um pouco difícil estar presente, mas tu sabes é como se estivesse...
    Vou ter oportunidade de ler de certeza e só me resta desejar-te que corra tudo o melhor possível.
    Beijinhos
    Maria

    ResponderEliminar
  2. Santiago,

    Só posso dar-te os meus sinceros parabéns, e dizer-te que tenho muito orgulho em ser teu amigo.

    Abraço,
    Paulo Rosa
    (Faro)

    ResponderEliminar
  3. Parabéns Santiago, por mais este livro, que é mais um contributo para o conhecimento das nossas origens!
    Vou publicar um alvitre no Alvitrando e já partilhei na minha página no FB.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  4. Parabéns, amigo. É aliciante o tema e deixa-me curioso, mas infelizmente não vai ser possível ir ouvir-te e dar-te um abraço nesse dia.
    Abraço
    Artur Goulart

    ResponderEliminar
  5. Parabéns.
    Parece que em Mértola estamos sempre a falar do mesmo, independentemente da conjuntura (palavra da moda). Das campanienses aos mosaicos, testemunhamos a ascendência de uma classe oriunda do (e/ou fortemente influenciada pelo) centro civilizacional, o Mediterrâneo. As razões para isso também parecem manter-se: minério e acesso ao mar. Esta estrutura chega até aos ingleses da Mina (só muda o centro)...

    Bom trabalho,
    Luís Luís

    ResponderEliminar
  6. Olá Luís.

    Nem mais. O enquadramento é o que referes. É tb essa a minha opinião.

    Abraço
    SM

    ResponderEliminar