sexta-feira, 15 de abril de 2011

OS PRIMITIVOS PORTUGUESES - AO ESTILO DO COMETA HALLEY

A exposição encerra no dia 23 e o melhor é não perder tempo. Quando telefonei ao Joaquim para combinar um encontro no Museu Nacional de Arte Antiga recebi um aviso algo desconcertante: "é melhor despachares-te, que a próxima exposição deve ser lá para 2080; aos 120 anos, já não deves estar em grandes condições para andares a visitar museus". Depois esclareceu que se fez uma grande antológica sobre os primitivos portugueses por volta de 1880, outra em 1940. E agora esta. Achei a explicação típica do Joaquim. A visita ficou marcada para amanhã ou depois.
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Martírio de S. Sebastião - Gregório Lopes (c. 1490-1550)
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Fui para História da Arte por causa da pintura antiga. O tempo e as voltas do destino se encarregaram de me colocar noutro caminho. As técnicas laboratoriais de análise da pintura ficaram para trás. O interesse pela arquitetura e pelo urbanismo nem por isso. O lento cerzir das cidades e dos prédios são o pano de fundo que justificam o tédio de uma escavação.

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Ver: http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/

3 comentários:

  1. O tédio mais o calor e o pó ou o frio e a lama, as hérnias, os baldes, a lavagem de materiais, a sua triagem, seriação, restauro... Uma escavação até produzir resultados enquadrava-se bem no teu post anterior sobre burocracia! Mas a malta tem de ter o seu quê de masoquista para isto. Ehehe

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  2. Sempre que falas do Joaquim vem-me à memoria S. Sebastiao amais as suas flechas...a ver pela ilustraçao do post nao é um mero acaso.

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  3. Mais que a exposição (que está concebida segundo um critério cronológico, mas com dialogantes surpresas de quadros que só especialistas entendem), o melhor mesmo é o catálogo - finalmente, temos um catálogo que é um anti-catálogo, um verdadeiro livro de exposição, assumido pelos seus autores como uma peça de historiografia de determinada corrente de ideias e não uma amálgama de textos de toda a gente, tantas vezes com abordagens contraditórias!

    Abraço Santiago! Obrigado pelas memórias da História da Arte que nos aproximam.
    Paulo Fernandes

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