FEIRA NÃO

Está a decorrer a Feira do Livro de Lisboa. Passarei por lá, rapidamente, talvez no dia 7. Não passarei pelo hiper do senhor da Leya, nem pelos outros hipers que por lá há. A Feira do Livro era uma organização maoista, todos vestidos da mesma maneira, com os leitores as rondarem as barraquinhas, entre os livros do dia e as surpresas que sempre temos. Gostava, como leitor, da feira assim, com aquele toque igualitário, ao menos uns dias no ano.

O senhor da Leya, com a conivência não sei de quem (nem isso me interessa), impôs o seu jogo e instalou uma mercearia de livros. As justificações de que assim é mais moderno e mais profissional parecem-me tão convincentes como outra conversa da treta qualquer.

Interessa o negócio? Creio que só interessa o negócio. Quem editará poesia e ensaios no dia de amanhã? Nunca vi os donos dos grandes grupos responderem a essa questão. Que é essencial.

A primeira feira do livro, no Rossio, foi assim.

Já agora, um pedido a quem por aqui passa. Alguém sabe onde posso comprar A floresta em Bremerhaven, de Olga Gonçalves? Não consigo arranjar o livro. Seria a ÚNICA razão para passar pelo hiper do sr. Amaral.