Um post mourense
Há sempre qualquer coisa de inesperado. Sempre. Mas se assim não fosse que graça é que isto tinha?
Ontem, na cerimónia de abertura da feira, o Presidente da Câmara de Moura fez, na sua alocução inicial, referência às ausências do Ministro da Agricultura e do Governador Civil, que não se fizeram representar. Registou o facto e lamentou-o. Nesse momento, a cerimónia é interrompida por um indíviduo que, desabridamente, disse ser "subdiretor regional da agricultura e que representava o diretor regional". Afirmando de seguida para o colega do lado "política aqui, não!". O Presidente da Câmara desvalorizou a intervenção e seguiu em frente.
Vamos aos factos:
1º) A atitude de não comparecer a uma feira com a dimensão da de Moura - importante no contexto regional - é uma atitude política. A decisão de não se fazer representar é, de igual modo, uma atitude política.
2º) Não houve qualquer delegação de competências em quem quer que fosse que tenha chegado à Câmara de Moura. Se o sr. ministro tivesse designado alguém, e o tivesse comunicado à Câmara de Moura, a pessoa em causa teria sido convidada a integrar a mesa e a intervir. Como sempre se faz nestas ocasiões.
3º) O autoapresentado "subdiretor regional" não representava, portanto, o sr. ministro. Tauromaquicamente falando, fez de espontâneo.
4º) Mais confuso ainda, o cargo de subdiretor regional não existe. Existe, sim, o diretor regional adjunto.
5º) O bom caminho das coisas em Moura provoca um certo enervamento em certos círculos políticos. Isso agrada-me.
Não cheguei a ter o prazer de ser apresentado a "sua excelência O representante". Sempre lhe poderia dizer que ainda para lá devo ter o Manual Diplomático, dos tempos já remotos em que concorri à carreira. Poderia ceder-lho.
Será possivel o Santiago dar alguma explicação?
ResponderEliminarPelo que sei o Senhor Presidente da Câmara conhece perfeitamente o Senhor Representante, como o Santiago lhe chama.
Se as coisas se passaram como relata, pode explicar qual a razão do Senhor Presidente da Câmara, ter ido no final e em particular, pedir desculpa ao referido senhor. Se as coisas se passaram como relata, havia razão para pedir desculpa? Parece que sim havia. Não teria sido mais digno o Senhor Presidente da Câmara pedir desculpa no acto e convidar o referido Senhor para a mesa?
Deve ser algum lapso...
ResponderEliminarO Presidente da Câmara não pediu desculpa a ninguém, nem tinha que pedir.
O Presidente da Câmara teria que convidar o representante do ministro. Nada mais.
Informe-se melhor junto do Senhor Presidente da Câmara, pois ao que se sabe, houve mesmo pedido de desculpas por parte do Sr. Presidente da Câmara
ResponderEliminaro "ao que se sabe" diz bem das certezas. Ponto final neste assunto.
ResponderEliminarDe facto "A atitude de não comparecer (...) é uma atitude política." Sempre, e não apenas para aqueles de quem o Santiago não gosta.
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