Durante um dia o meu blogue ficou de pernas para o ar. Balbúrdia de temas, tudo misturado etc. Depois de tentar identificar a natureza do mal descobri que a causa era um inofensivo post sobre a palavra "romã". Apaguei o post.
Volto agora ao tema. Por teimosia. Porquê a romã? A ideia foi-me sugerida por uma reportagem do Expresso, onde se aludia à existência de um bairro, junto a Tunis, chamado Rumman. Um dos habitantes do bairro teria explicado que a palavra quer dizer granada. É verdade, uma vez que romã se diz grenade (em francês) e granada (em espanhol). Mas é mais bonito dizer que rumman se diz em português romã. Mais simples e mais bonito, até porque a nossa língua é a única das latinas onde a palavra se diz exatamente como em árabe. E romã tem um som suave e redondo.
Romã é também uma palavra que está presente numa bonita moda alentejana:
Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
"aquela mulher que eu amo / dei-lhe um aperto de mão" tem um toque de erotismo absurdo. Mas tudo é possível.
Volto agora ao tema. Por teimosia. Porquê a romã? A ideia foi-me sugerida por uma reportagem do Expresso, onde se aludia à existência de um bairro, junto a Tunis, chamado Rumman. Um dos habitantes do bairro teria explicado que a palavra quer dizer granada. É verdade, uma vez que romã se diz grenade (em francês) e granada (em espanhol). Mas é mais bonito dizer que rumman se diz em português romã. Mais simples e mais bonito, até porque a nossa língua é a única das latinas onde a palavra se diz exatamente como em árabe. E romã tem um som suave e redondo.
Romã é também uma palavra que está presente numa bonita moda alentejana:
Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
"aquela mulher que eu amo / dei-lhe um aperto de mão" tem um toque de erotismo absurdo. Mas tudo é possível.
Capa do livro The pomegranate alone, inspirado trabalho gráfico do iraquiano Mohammed al-Shammarey. Destaquei, em baixo, a palavra romã.
Uhm? Romã? Um toque de erotismo? Que raio !?
ResponderEliminarSim, "erotismo absurdo", digo eu. Mas refiro-me à moda.
ResponderEliminarOlá Santiago,
ResponderEliminarFiz o meu comentário a esta postagem mas acho que se perdeu algures no espaço: dizia eu que, o meu pai cantava esta moda especialmente bem. Sei que é uma moda muito antiga do nosso cancioneiro que tem um simbolismo muito particular.
Na minha opinião é, também, uma das modas alentejanas, cujo erotismo, por ser tão difuso, é tão erótico (desculpe a redundância). Depois, o erotismo nunca é absurdo. É pura poesia, digo eu...
Um abraço
Antónia