A onda de mensagens que ontem circulou pela archport diz bem do prestígio e respeito que o nome de Maria Maia suscitava.
Conheci a Maria Maia nos tempos da Faculdade, embora não tenha sido minha professora. Tive a oportunidade de a contactar inúmeras vezes, ao longo dos anos. Extremamente culta e sabedora, deixou a Universidade por opção própria. Trabalhou em Castro Verde e em Tavira, ao lado de Manuel Maia. A arqueologia portuguesa, e o Alentejo, têm para com a Maria Maia uma daquelas dívidas que não tem forma de ser paga.
Estive com ela em Mértola, no passado mês de Dezembro, durante o colóquio "Leituras do Sul Cristão". Não me passou pela cabeça que não a voltaria a ver.
Do site da Câmara Municipal de Castro Verde:
Faleceu a Dra. Maria Maia, Conservadora do Museu da Lucerna
Castro Verde ficou mais pobre com o falecimento da Dra. Maria Adelaide Figueiredo Garcia Pereira Maia. Arqueóloga e investigadora com um longo trabalho realizado, reconhecido no meio académico. Mantinha há muito tempo uma forte ligação com o concelho, contribuindo de forma evidente para o conhecimento da história local. Responsável por inúmeras escavações arqueológicas e coordenação de vários projectos, alguns desenvolvidos em conjunto com o seu companheiro Dr. Manuel Maia, de que merece destaque o inventário dos sítios arqueológicos do concelho e o Museu da Lucerna, equipamento onde assumia a responsabilidade de Conservadora. Foi colaboradora da Câmara Municipal de Castro Verde, desempenhando actualmente funções afectas à Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde.Dra. Maria Maia, tinha 64 anos, era natural de Lisboa. O seu falecimento ocorreu depois do agravamento de doença prolongada que a afectou nos últimos meses. O funeral realiza-se dia 15 de Julho, pelas 10h30, da Casa Mortuária para o Cemitério de Castro Verde.Neste momento, a Câmara Municipal de Castro Verde não pode esquecer toda a dedicação, empenho e amizade que a Dra. Maria Maia disponibilizou no desenvolvimento da sua actividade no concelho de Castro Verde, marcando para sempre de forma profunda o conhecimento que temos da nossa história.
A Aldraba teve, no passado mês de Abril, o ensejo de a ter como guia, na visita que fizemos ao Museu da Lucerna.
ResponderEliminarFoi excepcional a elucidar-nos, acerca dos mais ínfimos pormenores.
Bem haja pela sabedoria que partilhou!