Uma passagem por Granada podia ser motivo para muitas coisas: o Alhambra blablabla o Corral del Carbon blablabla o Albaícin e mais o Bañuelo e a Puerta de Elvira etc etc.
Limitei-me a perguntar ao Alberto por colegas e amigos. Arrisquei uma pergunta fatal, em voz baixa: "ainda existe o La Sabanilla?". Já não, disse-me em tom pesaroso. Fechou. Lembrei-me dos tristes momentos finais do Cinema Paraíso. Houve de tudo, até movimentos de cidadãos e coisas do género. Mas fechou mesmo. Parece que vai haver investimentos imobiliários e haverá um bar no mesmo local. Não poderá ser como o La Sabanilla. Era chique? Nem por sombras. Confortável? Muito pouco. Organizado? Pelo contrário, só me ocorre a expressão "caos absoluto". Era no La Sabanilla de há muitos anos que passávamos horas perdidas falando das coisas que queriamos e iamos fazer na vida. O Alberto, a Adela, a Teresa, a Sonia, o Abdallah, Baco, eu e outros cujos nomes agora me escapam. Uma nuvem de fumo envolvia-nos e perseguia-nos Granada fora, quando a taberna fechava. Um sítio único e momentos únicos.
Ficava na Calle Tundidores e era o bar mais antigo de Granada. Já não existe.
Quilómetros percorridos: 840
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