Num Egito em ebulição qualquer faísca pode causar um incêndio incontrolável. A publicação de um cartoon com a cara do Profeta no facebook levou à detenção de um jovem estudante cristão, no sul do País. De acordo com a imprensa internacional - por cá há outras preocupações: reality shows, futebol, o primeiro bébé do ano etc. - houve manifestações e casas de cristãos incendiadas.
A minoria cristã do Egito tem boas razões para estar preocupada. Da da Síria é melhor nem falar...
Curiosamente, as representações da face de Maomé não são inéditas na arte islâmica (e este não é o espaço para falar das questões da iconoclasia). Há vários exemplos na Pérsia e na Turquia, hoje rejeitadas, de forma veemente, pelos setores mais radicais. Que a difusão dessas formas de representação seja causadora das mais violentas reações é motivo para reflexão. E não para troça.
O Miraj Nameh, de meados do século XV, é um dos mais célebres manuscritos onde a imagem do Profeta Maomé surge na íntegra. Esta obra-prima da arte mundial está hoje na Bibliothèque Nationale de France, em Paris.
Gosto do seu jeito de dizer (escrever) as coisas. Eu concordo com você. É preciso reflexão urgente.
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